O detento Valmir Pereira, 38 anos, foi morto na de segunda-feira (7) no Presídio de Paranaíba. Dois presos assumiram a autoria do crime, mas divergiram sobre quem foi o mentor. Agentes penitenciários foram informados da morte por volta das 20h, quase três horas após o fato.
Segundo boletim de ocorrência, junto ao corpo havia uma corda artesanal, conhecida popularmente como "teresa", e um pedaço de madeira, de cabo (vassoura ou rodo). No pescoço da vítima havia marcas de estrangulamento e no corpo escoriações, bem como outros sinais de agressão, como olho esquerdo inchado e pequenas lacerações.
Segundo a Polícia Civil, Valmir estava em uma cela direcionada aos internos que sofrem sanções administrativas e as cumprem no chamado RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), e fica separada aos demais pavilhões.
Na cela estavam Valmir e outros quatro detentos e dois deles foram apontados como autores. Um deles disse que teria matado Valmir, pois a vítima tinha dívidas de droga dentro do Presídio. O outro detento que participou da ação confessou teria praticado o homicídio, e que os outros internos que estavam na cela não tiveram participação. Ele alegou que não tinha rixa com a vítima e só estava ajudando o outro detento.
Os autores entraram no RDD por volta das 14h e já passaram a intimidar Valmir dizendo que ele estava devendo que eles iriam cobrar. Um deles então com uso do pedaço de madeira passou a ameaça-lo junto com o companheiro de cela. Fazendo uso de uma corda artesanal estrangularam juntos por volta dás 17h e chegaram a suscitar a hipótese de darem banho nele para eliminar sinais ou vestígios deixados. Porém por volta dás 19h30 chamaram os agentes.
Eles responderão por homicídio qualificado por motivo torpe, por motivo fútil, por asfixia ou outro meio insidioso e por emboscada.