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Crime

Idosa mata marido quatro anos após matar o filho em Paranaíba

Emília Maria de Jesus, de 71 anos, foi presa no dia 6 de outubro após esfaquear e matar o marido, João Teodoro do Prado, de 66 anos

Caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil
Caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil | Divulgação

Emília Maria de Jesus, de 71 anos, foi presa no dia 6 de outubro após esfaquear e matar o marido, João Teodoro do Prado, de 66 anos, em Paranaíba.Ela já havia cometido outro crime em 2020, quando assassinou o próprio filho, alegando legítima defesa.

De acordo com o delegado regional adjunto de Paranaíba, Edemilson José Holler, a polícia foi acionada para atender a ocorrência e, ao chegar no local, encontrou João Teodoro sem vida, enquanto Emília apresentou uma lesão na perna esquerda. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros antes de ser presa.

No caso do marido, vizinhos relataram que o casal brigava com frequência, especialmente devido ao consumo excessivo de álcool.

Durante o atendimento, Emília mostrou sinais de confusão e não conseguiu explicar o que aconteceu, levando a polícia a suspeitar que ela poderia ter simulado um desmaio. Testemunhas afirmaram que, pouco antes do incidente, ela foi deixada em casa por um veículo. Minutos depois, saiu coberta de sangue, o que provocou chamadas para os serviços de emergência. A faca utilizada na agressão foi encontrada próxima ao portão da residência.

Em setembro de 2020, ela confessou ter matado o filho com 16 facadas.
Emília contou que agiu para se defender do filho, Agmar Quirino de Almeida, de 50 anos, depois de uma briga. Ela relatou que o filho pegou uma faca e a atacou, fazendo com que Emília caísse no chão. Na sequência, foi chutada por Agmar e os dois entraram em luta, momento em que ela pegou a faca e desferiu contra o filho, que morreu no local.
A perícia encontrou 16 ferimentos na vítima. A idosa chegou a ser presa, mas conseguiu liberdade provisória e respondia em liberdade.

“Durante as investigações, descobriu que Emília matou o filho em 2020, alegando que ele era usuário de drogas e que ela agiu em legítima defesa. Além disso, em 2023, ela foi acusada de lesão corporal dolosa contra João Teodoro”, explicou.

Diante do histórico e da gravidade dos crimes, a polícia prendeu Emília em flagrante e o delegado solicitou a prisão preventiva da idosa, que agora está à disposição da Justiça de Mato Grosso do Sul.