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Pandemia

COVID-19: Conselho Federal de Medicina é inicialmente contra vacinação de crianças

Médico presidente afirmou que não há estudos consolidados favoráveis e nem justificativas para a vacinação experimental nessa faixa-etária

Mauro Luiz de Britto, presidente do CFM, afirmou que não há estudos que justifiquem a vacinação de crianças e adolescentes - Arquivo
Mauro Luiz de Britto, presidente do CFM, afirmou que não há estudos que justifiquem a vacinação de crianças e adolescentes - Arquivo

Mauro Luiz de Britto Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), afirmou que desconhece a existência de estudos consolidados favoráveis à vacinação de crianças e adolescentes contra Covid-19. Para ele, a princípio, a vacinação experimental dessa população não se justifica pelo baixo índice de casos graves e de mortes pela doença nesta faixa-etária. A declaração foi dada em entrevista o programa Direto ao Ponto, da Rádio Jovem Pan, na segunda-feira (2).

"Alguns países estão fazendo, mas não existem estudos de vacinação nesta faixa etária. Estão querendo fazer aqui, o Ministério [da Saúde] se manifestou… a princípio, nós somos contra. Porque se você for ver o índice de casos graves e de mortes dessa população, aparentemente, não se justificaria a vacinação. Nós não sabemos quais são os estudos que estão apontando nesta direção, porque nós desconhecemos estudos sobre vacinas em crianças", afirmou aos entrevistadores da bancada.

Perguntado sobre estados e municípios que pretendem vacinar esse grupo da população, Mauro repetiu que não há fundamentação para isso. "Está se preconizando isso, mas baseado em quê? Porque quando nós falamos em pessoas acima de 60 anos, está tudo bem, era quem mais morria naquela primeira cepa. Quando veio a [variante] P1 [da Covid-19], diminuiu essa faixa etária de mortes. Agora, mortes entre crianças e adolescentes, o número é ínfimo, inclusive de sintomas nessa população. Então, nós desconhecemos a justificativa para esse tipo de atitude", disse.