Três homens serão julgados nesta terça-feira, acusados de participarem de um motim ocorrido em 10/02/2022 no Estabelecimento Penal de Paranaíba. Ele serão julgados por homicídio ocorrido na data, onde um preso teve a cabeça decepada e outro foi gravemente queimado durante a rebelião que durou 24 horas e envolveu 102 detentos.
Serão julgados Eliezer Vieira Póvoas, vulgo Nicão; Rogério de Oliveira Figueira, vulgo Rogerinho, e Wilson da Silva Cortes. O julgamento terá início às 8h, na acusação atuará o promotor de justiça Ronaldo Vieira Francisco, o Conselho de Sentença será formado por sete jurados a serem sorteados pelo presidente do Júri, juiz de direito Edimilson Barbosa Ávila.
O motim dos presos teve início no dia 10 de fevereiro, logo após o término do horário de visitas e um agente penitenciário foi dominado com uma faca artesanal.
Simultaneamente, os denunciados também empregando armas brancas tentaram dominar outro agente penitenciário que conseguiu escapar. Os presos passaram a danificar móveis, janelas, portas e celas; ateando fogo em colchões e danificando instalações elétricas e hidráulicas, o que causou prejuízos avaliados em mais de R$ 150 mil.
Na mesma ocasião, todos os denunciados mantiveram o agente penitenciário e oito presos em cárcere privado, trancando-os em uma cela.
Ele serão julgados ainda por uma tentativa de homicídio contra um dos presos, que sofreu queimaduras graves após eles criarem um grande incêndio com colchões no portão de acesso ao Estabelecimento Penal e o levarem até o local com auxílio de facas artesanais, barras de ferro e outras armas brancas, empurraram-no para as chamas.
O preso sofreu queimaduras graves em diversas partes do corpo. Os denunciados pretendiam se vingar do preso em razão de desavenças anteriores no presídio, considerado de segurança média e que havia sido inaugurado um ano antes.
Na madrugada do dia seguinte (11), os líderes do motim mataram um dos presos de forma cruel, com golpes de faca e posterior decapitação. Consta do inquérito que os denunciados agiram com o propósito de exibir a cabeça da vítima às autoridades que negociavam o término do motim, numa espécie de demonstração de força.