Um homem de 35 anos, que pediu para ter sua identidade preservada, conversou com a nossa redação e contou, segundo ele, sobre o “calvário” que a família tem enfrentado no pós-covid da mãe, uma mulher de 59 anos. Problemas de memória, de locomoção e crises de depressão são os sintomas que acometeram a mulher que ficou 37 dias internada e, dentre eles, 7 dias entubada em um hospital no município de São José do Rio Preto (SP).
De acordo com o filho, a rotina da família teve ser der ser completamente alterada para que pudessem dar assistência à mãe.
Após ser diagnosticada com o coronavírus, a mulher, portadora de diabetes, que teve como primeiros sintomas tosse, febre e falta de ar, foi internada em agosto de 2020 e entubada assim que os médicos observaram queda brusca da capacidade pulmonar. Porém, de acordo com a família, os momentos pós-internação estão sendo tão difíceis quanto os dias em que a matriarca esteve sob os cuidados intensivos dos profissionais do hospital.
A primeira sequela observada pelos familiares foi a deficiência psicomotor. A mulher, que não apresentava nenhum tipo de dificuldade ou problemas de locomoção, começou a apresentar dificuldade de mater-se de pé e andar pequenas distâncias. Posteriormente os filhos e parentes mais próximos observaram a perda de memória e esquecimento constantes por parte da mulher. Em um terceiro momento, foi observado crises de depressão, que se apresentavam em momentos de choro intenso e espasmos.
Hoje, mais de um ano após o diagnóstico da doença, a mulher segue monitorada e assistida por uma equipe multidisciplinar. “Minha mãe está tendo de aprender a andar, falar e se lembrar das coisas. Ela está irreconhecível e isso nos causa muita dor. Esperamos que isso passe logo e que em breve possamos retomar nossas vidas”, disse o filho à redação.