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Impeachment

Organizador da passeata em Paranaíba lembra indignação

Cleber diz que situação econômica e política do país naquele momento motivou a manifestação

Cirurgiao dentista organizou passeata que reuniu em torno de 500 pessoas - Arquivo pessoal
Cirurgiao dentista organizou passeata que reuniu em torno de 500 pessoas - Arquivo pessoal

A sessão de julgamento do impeachment da presidente Dilma Roussef, nesta quarta-feira, em Brasília, foi acompanhada com muita expectativa em todo o país. Estava chegando ao fim um movimento iniciado há muito tempo em várias partes do país, quando aconteceram manifestações populares nas principais cidades brasileiras; Paranaíba não ficou de fora.

No dia 13 de março, um grupo de pessoas organizou uma manifestação que, inicialmente tímida, transformou-se em uma grande passeata que contou com a participação de mais 500 pessoas que se reuniram na Praça da República, após caminhada por várias ruas da cidade. Um dos organizadores do movimento foi o cirurgião dentista Cleber Augusto Lima que, juntamente com amigos, decidiram incluir a cidade no mapa das maniestações.

Nesta quarta-feira (31), enquanto em Brasília senadores decidiam o futuro da agora ex-presidente Dilma Rousseff, em Paranaíba, Cleber cumpria sua rotina de trabalho de todos os dias em seu consultório.

Procurado pela reportagem para comentar o desfecho da situação nacional, ele conta que ficou muito gratificado em protagonizar aquele momento cívico que resultou no afastar definitivamente de Dilma .

Cleber conta que a indignação com a situação econômica e política do país naquele momento motivou a manifestação. “Paranaíba foi mais uma cidade brasileira onde uma parcela da população foi às ruas pedir o impedimento da presidente da republica, pelos crimes fiscais cometidos e pela indignação com a situação que vivíamos, assistindo a economia se deteriorando nos embrenhamos, vestimos a camisa e saímos às ruas”, lembra Cleber. “Houve uma polarização entre favoráveis e contrários ao movimento, mas, pudemos enxergar um grande debate de ideias, algo salutar para a democracia e contrária a ideia que alguns propagam que isso foi um atentado a democracia”, observa o cirurgião dentista.

Cleber diz acreditar que a definição de Michel Temer como presidente não vai resolver a situação do país. “Existe uma incógnita. Ainda temos um Congresso Nacional viciado em velhas práticas: do toma lá, da cá. Ainda temos muitos problemas de ordem econômica e politica a serem solucionados, não será com um passe de mágica que se encontrarão as soluções que o país precisa, mas precisamos ser otimistas”, assinala o cirurgião dentista.