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Alerta

Paranaíba registra 832 casos suspeitos de dengue e aumento de infestação

Controle de vetores de insetos aponta que situação pode se agravar com desabastecimento de inseticida em todo o país

Controle de vetores de insetos aponta que situação pode se agravar com desabastecimento de inseticida em todo o país - Arquivo/JPNews
Controle de vetores de insetos aponta que situação pode se agravar com desabastecimento de inseticida em todo o país - Arquivo/JPNews

Começou a semana do Dia D de combate ao mosquito transmissor da dengue, em Paranaíba. A ação realizada pelo controle de vetores promove vistorias em residências, além de oferecer palestras. 

Conforme Fábio Rogério, coordenador do setor de Controle de Vetores de Paranaíba no mês de outubro foi concluído o 5º ciclo de visitas domiciliares combate ao Aedes aegypti. O município identificou um índice de 1.29 de infestação predial, na zona urbana. Em relação ao Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa), o 6º e último relatório apresentou um índice 0,1 de infestação. 

“Estamos entrando no período chuvoso, é um período crítico. Eu acredito que o ano que vem a gente vai enfrentar problemas sérios com dengue”, pontuou. De janeiro a novembro deste ano, Paranaíba teve 832 casos notificados e 138 exames positivos de dengue. O coordenador destacou que, embora os casos não caracterizem um surto, a população não pode se descuidar. 

“O ciclo das visitas domiciliares de combate ao Aedes demonstra que no município todo, nós temos 1.29 de índice de infestação do da larva do mosquito. É um índice muito baixo, mas a gente não pode afrouxar ou ficar na zona de conforto”, explicou. Ele destacou  o que pode agravar a situação é o desabastecimento do inseticida, fato que ocorreu no país inteiro. “Se vocês observarem, vão perceber que a última vez que houve o fumacê foi no início de 2020, porque naquele ano a gente teve 1.475 casos notificados da doença, 476 casos positivos e um óbito. Vale recordar que a gente teve um óbito por dengue hemorrágica”, relembrou. 

Fábio Rogério alerta a comunidade para a importância de eliminar todos os recipientes que possam acumular água e ser um criadouro do mosquito da dengue. A limpeza do quintal é de responsabilidade do morador. “A prevenção é a medida mais eficaz contra a doença. Vamos aproveitar e fazer aquela vistoria rotineira em nossas casas, são aqueles 10 minutinhos de limpeza nos quintais, que ajudam a eliminar o Aedes”, pediu.
O Liraa é feito a cada dois meses com visitas, sendo seis ciclos no ano. “O pessoal tem que desmitificar essa questão de que o aedes está na sujeira, ou no monte de lixo. Há vários problemas causados por acúmulo de lixo, mas o mosquito gosta de água limpa parada”, lembrou.

Os bairros com maior índice de infestação da doença são os que menos têm infraestrutura e saneamento básico. Dessa forma, como aponta o setor da Saúde, ações de prevenção são realizadas nos pontos críticos da cidade. “A solução é simples. Cada um como cidadão, como morador, deve cuidar dos quintais. A melhor maneira para combater é assumirmos as nossas responsabilidades e um desses papéis é fazer com que os nossos quintais estejam limpos, que não tenham água parada”, finalizou.

O combate ao mosquito é de extrema importância. Além da dengue, o mosquito também é responsável pela transmissão de duas graves enfermidades: a Zika e a Febre do Chikungunya.

Confira: