Três pessoas morreram afogadas no período de duas semanas no rio Paranaíba, na divisa entre Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, em menos de duas semanas, entre o mês passado e este feriado do Dia de Finados. No ano passado não houve mortes no local, segundo dados do Corpo de Bombeiros de Paranaíba.
As primeiras mortes foram do estudante Marcus Vinícius Sampaio de Oliveira, de 16 anos, e do metalúrgico Otávio de Freitas Martins, 21, dia 23 de outubro. A terceira foi do empresário Cláudio Agripino Mandra, de 68 anos, neste dia 2, quando passeava de barco com parentes e amigos, perto do local conhecido por Porto Alencastro.
Segundo registro dos bombeiros, o acidente ocorreu durante uma tempestade, no final da tarde, e após outros dois barcos afundarem praticamente no mesmo local. Ao menos 14 pessoas foram jogadas no rio durante o vendaval – Cláudio Agripino Mandra, que era morador de Osasco (SP), estaria sem colete salva-vidas. Os demais foram socorridos por outros barcos e por pilotos de moto aquáticas.
A causa da morte do empresário, porém, será confirmada apenas após necropsia, no prazo de 30 dias, pelo Instituto Médico Legal. Há suspeita de que o empresário tenha sofrido um enfarte na hora do acidente.
O grupo de salvamento dos bombeiros foi acionado e chegou ao local meia-hora depois que barco em que Manda estava virar, e iniciou as buscas. O corpo dele foi encontrado na manhã de quinta a dois quilômetros e meio do local onde teria ocorrido o afogamento.
Segundo análise do tenente Maxwelbe de Moura Fé, que coordenou as buscas, o barco virou em consequência da formação de ondas (marolas), durante o vendaval. A água teria invadido o barco e ocasionado o acidente. A embarcação, inclusive, não pôde ser retirada da água até esta quinta-feira. Um filho do empresário, que mora em Paranaíba, não foi localizado para falar do assunto. O corpo de Cláudio Mandra foi enterrado em Presidente Prudente.
AMIGOS
Marcus Vinícius e Otávio Martins morreram afogados quando nadavam com amigos. Otávio era funcionário de uma empresa do pai de Marcus. Os corpos foram enterrados no dia seguinte ao acidente.