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Paranaibense cria aplicativo que monitora pessoas afetadas por AVC

Resultado de pesquisa será apresentado em Londres na próxima semana

Paranaibense, Olibário Neto  apresenta pesquisa em Londres na próxima semana - Reinaldo Mizutani
Paranaibense, Olibário Neto apresenta pesquisa em Londres na próxima semana - Reinaldo Mizutani

Um jovem paranaibense apresenta em Londres, nos dias 24 e 25 de outubro, o resultado de pesquisas para o desenvolvimento de um aplicativo capaz de monitorar e alertar pessoas afetadas por Acidente Vascular Cerebral (AVC). Olibário Neto é doutorando do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

Ele está desenvolvendo a pesquisa em parceria com duas terapeutas ocupacionais; a professora Valeria Elui, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), e a mestranda Amanda Peracini, do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Bioengenharia.

A ideia é que o aplicativo seja capaz de avisar quando a pessoa está com a postura incorreta, por meio de sinais sonoros e visuais com instruções sobre como corrigi-la. Para isso, é preciso fixar o smartphone no peito do paciente sobre uma espécie de colete.

A edição online do Jornal da Universidade de São Paulo (USP) desta quarta feira (19) publicou uma ampla matéria com Olibário Neto, onde está ressaltado que uma das consequências decorrentes de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) é o comprometimento dos movimentos de partes do corpo e a estabilização da postura é muito importante no processo de reabilitação do paciente.

“Agora imagine se um aplicativo pudesse monitorar e alertar o afetado pelo AVC quando ele não estivesse na posição correta?”, indaga a publicação. “A estabilização do tronco é o primeiro passo para começar o processo de reabilitação. Os terapeutas levam tempo corrigindo a postura dos pacientes para que ocorra o aprendizado de forma correta. Com o aplicativo, os afetados poderão treinar em casa e chegar às sessões de terapia com a postura mais adequada”, explica Olibário Neto.

De acordo com a publicação, os testes em pacientes devem começar ainda este ano e o aplicativo será utilizado em portadores de hemiparesia, que é a paralisia parcial de um lado do corpo. “A área médica sempre me interessou por conta do seu impacto na sociedade. A pesquisa está sendo muito desafiadora e nós temos essa motivação para ajudar as pessoas”, relata o doutorando, que já escreveu dois artigos sobre sua pesquisa.

Um deles será apresentado na IET International Conference on Technologies for Active and Assisted Living (TechAAL 2016), que acontecerá nos dias 24 e 25 de outubro, em Londres. Já o segundo artigo será exibido no 22º Simpósio Brasileiro de Multimídia e Web, entre os dias 8 e 11 de novembro, em Teresina (PI).

O projeto foi premiado como a segunda melhor apresentação oral durante o vigésimo quinto Congresso Brasileiro de Medicina Física e Reabilitação, realizado em São José do Rio Preto, na Universidade Paulista (Unip), entre os dias 25 e 27 de agosto. O trabalho recebe financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Na apresentação do seu perfil no facebook, Olibário Neto, lista os lugares que estudou e informa que frequentou a Escola Caminho em Paranaíba.