Na manhã desta quarta-feira, 31, o prefeito Maycol Queiroz reuniu-se com a diretoria da Santa Casa de Misericórdia para assinar a contratualização com o hospital. A Prefeitira de Paranaíba aumentou o valor do repasse mensal de R$ 420 mil para R$ 556.750 para atender ao Pronto Socorro, manter serviços de plantonista, UTI, pediatria, anestesia e ginecologia.
Jair Alves de Souza, presidente do único hospital em Paranaíba, destacou que 90% dos atendimentos são via SUS (Sistema Único de Saúde) e caso não haja apoio financeiro do Município, como do Estado, não é possível manter o hospital. Com a demanda alta, as despesas cada mês aumentam mais. “Meu trabalho é gratuito e faço por que gosto. Tenho procurado alguém para me substituir, mas quando descobrem que é um cargo não remunerado todos pulam fora”, pontuou.
A discussão pelo novo valor foi discutida por quatro meses até que se chegou no fechamento do repasse, que é pago com recursos próprios. Em 20 meses este é o segundo aumento no valor repassado para a Santa Casa. “A prefeitura tem a responsabilidade do Pronto Socrro, como não temos hospital próprio, fazemos parceria para a irmandade da Santa Casa”, explicou o prefeito Maycol Queiroz.
Ainda sobre o atendimento, embora haja críticas, o prefeito destaca que manter a instituição dá muito trabalho. “Fico contente em aumentar o valor do repasse, pois sei da importância do hospital para Paranaíba e também não podemos perder as UTI’s e estes leitos custam R$_106 mil mensais para manutenção”, disse.
O restante do dinheiro será utilizado para pagar a única pediatra que teve interesse em atender no Pronto Socorro. Para que ela fique à disposição o acertado é de R$ 55 mil mensais.
Por dia, são atendidas cerca de 200 pessoas no hospital no Pronto Socorro. Desde maio deste ano, a Santa Casa tem enfrentado problemas na contratação de médicos. Na ocasião, parte do corpo clínico da Santa Casa de Paranaíba pediu desligamento do único hospital da cidade. A direção, no entanto, diz que os atendimentos à população não foram afetados.
Três profissionais plantonistas que atendem no Pronto Socorro pediram desligamento do hospital. Outros profissionais, como médico cardiologista e pediatra, também se desligaram da unidade.
Acompanhe: