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Reação

Professores se unem contra corte de benefícios sancionado pela Prefeitura de Paranaíba

Com articulação definida, educadores vão em busca de detalhes sobre aprovação de Lei Complementar que revogou direitos adquiridos

Professores estiveram na redação do JPNEWS e estúdios da Cultura FM Paranaíba - Alex Santos / JPJNEWS
Professores estiveram na redação do JPNEWS e estúdios da Cultura FM Paranaíba - Alex Santos / JPJNEWS

Professores da rede municipal de ensino de Paranaíba (MS) se organizaram e vão em busca de explicações sobre a aprovação do projeto de Lei Complementar votado na sessão do dia 22 de março, na Câmara Municipal, que retira benefícios da classe. O projeto teria sido enviado ao legislativo por iniciativa da prefeitura. A intenção dos professores é questionar cada vereador que afirmou, nos bastidores, ter aprovado o projeto sem conhecimento.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o presidente do Sindispar (Sindicado dos Servidores Públicos Municipais de Paranaíba), Antônio Marcos, afirmou que buscará explicações sobre aprovação do projeto e convocou. Uma reunião entre sindicato, prefeitura e educadores está marcada para a tarde de segunda-feira (1), na sede do Sindispar. Uma reunião entre Antônio Marcos e o prefeito Ronaldo Miziara (PSDB) foi realizada ainda na manhã de segunda-feira.

Entre os direitos retirados dos professores estão o abono de seis faltas anuais, sem prejuízo da progressão funcional e salarial, e a promoção remunerada da segunda pós-graduação lato-sensu. Os educadores afirmam que foram pegos de surpresa pela publicação da revogação dos direitos no Diário Oficial dos Municípios de Mato Grosso do Sul, na edição de quarta-feira (25).

Corte

A Câmara de Vereadores de Paranaíba (MS) aprovou e o prefeito, Ronaldo Miziara (PSDB), sancionou um projeto de lei que revoga benefícios de professores da rede municipal de ensino na sessão realizada na segunda-feira (22).

Entre os benefícios que foram retirados com a alteração no inciso X do artigo 56 da Lei Complementar n° 051 de 9 de dezembro de 2011 e mudança na Lei Complementar n° 62 de 16 de dezembro 2013, estão o abono anual de seis faltas, sem prejuízo da progressão funcional e salarial, e a promoção remunerada da segunda pós-graduação, lato-sensu, foi o que afirmou um grupo de professores que procurou a redação do JPNEWS para relatar o assunto.

Segundo os professores, eles foram pegos de surpresa com a publicação da nova lei que retira os benefícios no Diário Oficial dos Municípios do Estado de Mato Grosso do Sul na edição de quarta-feira (25).

Em conversa com a reportagem, uma professora que inicialmente preferiu não se identificar, afirmou que ficou surpresa e revoltada com revogação dos direitos. “Ficamos surpresos. A reação foi de revolta, já que não houve nenhum debate ou informação que seria votado essa lei revogando direitos”, afirmou.

A professora informou que vários educadores entraram em contato com alguns vereadores em busca de explicações e foram informados de que alguns nem sabiam que teriam aprovado um projeto com este conteúdo.

“Inclusive, alguns vereadores contactados, disseram desconhecer o assunto. Eles disseram que não sabiam desse assunto. Que se votaram foi sem saber”, afirmou a educadora que faz parte de um grupo de professores que começa a se articular para ir à Câmara em busca dos nomes  e como cada vereador votou em relação ao projeto.

Ainda segundo a professora, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paranaíba (SINDISPAR) ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto. Mas, o presidente da instituição, Antônio Marcos, teria dito a professores que buscará entendimento sobre a situação junto ao prefeito antes de representar diretamente os professores que reclamam da revogação dos benefícios.