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Respeito

Projeto com agressores de mulheres divulga resultados positivos

Os condenados que participam do projeto são encaminhados pelo juiz da comarca

O projeto é resultado de um convênio da universidade com o Judiciário do estado, por meio da Coordenadoria da Mulher - Divulgação
O projeto é resultado de um convênio da universidade com o Judiciário do estado, por meio da Coordenadoria da Mulher - Divulgação

Em fevereiro deste ano, o juiz que atua na área de combate à violência contra a mulher na comarca de Paranaíba, Cássio Roberto dos Santos, e o professor Isael José Santana, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, campus Paranaíba, começaram a realizar encontros reflexivos com agressores da violência doméstica. O projeto é resultado de um convênio da universidade com o Judiciário do estado, por meio da Coordenadoria da Mulher.

O professor, que ministra os encontros, contou que o projeto já conseguiu conscientizar vários agressores. “Normalmente eles chegam culpando a vítima e encontram desculpas para ter cometido tal ato, mas com o tempo entendem que o que fizeram é crime e não existe justificativa”.

 A proposta ajuda não só os agressores a ser mais conscientes, mas também a se tornarem multiplicadores da informação, com a possibilidade de evitar futuros crimes domésticos. O professor explica que a maioria dos homens que chega para participar dos encontros reflexivos não tem noção do que significa violência contra mulher e, muitas vezes, acredita que o crime é apenas a agressão física. Quando saem do grupo entendem que não podem fazer ameaças ou agressões psicológicas.

Os condenados que participam do projeto são encaminhados pelo juiz da comarca para participarem dos encontros semanalmente na sala da subseção da OAB, em Paranaíba, que, como forma de parceria, cede o lugar para as reuniões.

Em depoimento no final do ciclo de encontros, muitos homens relatam que conseguiram aprender que não existe diferença entre homem e mulher perante a lei. Na maioria dos depoimentos, usam a palavra “respeito” e contam que entenderam que cometeram erros, por isso pagaram por eles. Falam muito em retornar para suas famílias para que consigam mostrar que mudaram e não querem mais cometer o mesmo erro. (Com informações do TJMS)