Durante participação ao vivo no Jornal do Povo, na rádio Cultura FM Paranaíba, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, disse que Mato Grosso do Sul, diante da pandemia do coronavírus pode sim receber pacientes de outros estados onde esteja faltando leitos.
Ao comentar o caso do paciente de 49 anos que foi transferido do Pará para Paranaíba, a informação é de que ele é morador do município e estaria no Pará a negócios e por isso foi trazido para MS.
“Das 27 unidades da federação ocupamos o último lugar em número de casos e o último em número de óbitos. A imprensa toda está divulgando o trabalho que fizemos e logicamente chega em outros estados vizinhos e país a fora”, disse.
Conforme Resende, a secretária Municipal de Saúde, Débora Queiroz, informou que duas pessoas suspeitas vieram do Pará, onde há colapso na Saúde do Estado. “Já foram coletados os exames, eles têm a clínica da Covid-19. Pegaram uma aeronave, ou seja, acionaram o serviço de remoção através de serviço particular, mas estão usando o Sistema Único de Saúde, este sistema generoso que o Brasil tem para fazer o tratamento mais perto de sua residência. Eles são residentes e vão ser computados como pessoas do nosso Mato Grosso do Sul”, pontuou.
O secretário ainda destacou que o retrato da doença hoje é de foi acertada a decisão de instalar leitos de UTI em Paranaíba, com o objetivo de salvar vidas. “Queremos salvar a vida destas duas pessoas que estão internadas em Paranaíba na UTI, mas o caso de Itaja”, afirmou.
Além dos casos suspeitos em Paranaíba, há o monitoramento de casos de empresários rurais que possuem negócios no Pará e são tratados em Dourados”, destacou.
Resende ainda disse que o SUS é generoso e precisa atender a todos, independente do local de origem. “Não vamos colocar nenhuma barreira para ninguém deixar de ser atendido, até por que temos leitos suficientes e uma questão humanitária”, enfatizou.
Geraldo ainda destacou que não será dada ordem para barrar morador de outros Estados, sejam de outros Estados ou Países, como o caso de Dourados que está tratando um médico Paraguaio.
Resende finalizou dizendo que todas as pessoas tem direito de poderem salvar suas vidas e para isso vão usar todos os instrumentos. O exemplo usado foi o de um morador no interior do Estado de São Paulo ou Goiás, sabendo que existe boas acomodações em Paranaíba e estaria mais próximo dos familiares . “Não tem ninguém que vá impedir de você procurar o atendimento em Paranaíba”, finalizou.
Ainda sobre os casos de MS que são constatados em outros Estados, Resende disse que não são casos importados, mas sim de pessoas que vieram voluntariamente procurar a sua cidade de origem. “Se for preciso apoiar Estados vizinhos e buscar outras pessoas eu vou defender que a gente faça isso. Para mim o mais importante é a vida das pessoas, não importa o endereço, o mais importante é salvar o CPF dessas pessoas e que elas estejam com as vidas preservadas.
Ouça a entrevista: