O Sindicato Rural de Paranaíba (MS) em parceria com o Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) promoveu no município o curso de combate a incêndios florestais no mês de fevereiro com carga de 16 horas. No curso foram administrados conceitos básicos sobre incêndios, legislação, prevenção, técnicas e práticas de combate e procedimentos de primeiros socorros.
Segundo o instrutor do Senar/MS, Ramiro Juliano da Silva, o curso tem o objetivo de empregar técnicas corretas de prevenção e combate aos incêndios florestais. “O curso é dado pelo Senar desde 2011. É um assunto muito importante e que precisa da atenção dos produtores. Temos que trabalhar a educação e a prevenção antes de tudo”, ressalta.
Além das causas naturais de incêndios, como tempo seco, calor e ventos fortes, há também incêndios causados pela ação do humana, como nos casos de fogos de artifício, balões com gás hélio e instalações elétricas mal feitas são exemplos.
“Os produtores têm que ter consciência. Um exemplo muito comum é plantação embaixo de linha de transmissão ou muito próximas. Tem que ter no mínimo 30 metros de distância de cada lado”, esclarece Ramiro. O instrutor do Senar ressalta que o curso não aborda somente temas florestais.
A preocupação com os incêndios florestais foi constituída na esfera federal em 1988, com a criação da Comissão Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais. No ano seguinte, foi criado o Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais – Prevfogo, sob responsabilidade do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
“É sobre qualquer tipo de vegetação. Desde plantações, como cana-de-açúcar, eucalipto e seringueira, até pastagens e florestas. A plantação de cana-de-açúcar e a braquiária, por exemplo, são os maiores combustíveis de incêndios”, pontua.
A propagação do fogo é baseada em três fatores: calor, oxigênio e material inflamável, neste caso, a vegetação, explicou o instrutor. “A separação e limpeza da vegetação são essenciais para evitar que o fogo de alastre. É o que chamamos de manutenção de aceiros, em que parte da vegetação é retirada nas proximidades da fazenda. Eles estabelecem uma linha de controle”, afirma Ramiro. Construção de estradas e açudes também podem servir como estratégias de prevenção.