Na sessão ordinária realizada na câmara de vereadores de Paranaíba na última segunda-feira (18) o vereador Andrew Robalinho (MDB), líder do prefeito da câmara, declarou que a Polícia Militar deveria ter interrompido a ação no momento do flagrante do crime e alvejado o autor da morte de Valéria Ribeiro, morta a tiros e facadas no dia 14 de maio, pelo ex-namorado, em Paranaíba.
A declaração foi dada durante discussão do projeto de moção de pesar de sua autoria, pela morte de Valéria.
“Tenho reconhecimento pelo trabalho da polícia. Sou defensor público, mas vou falar como cidadão. Acho que quando a Polícia Militar chega naquele momento ainda estava na situação de flagrância. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém, mas, a Polícia Militar tem o dever de cessar a flagrância do delito, ainda mais em um crime bárbaro. Era momento desse cidadão ser alvejado, não tinha outra situação”, disse.
Ainda durante a fala, Andrew insinuou que se a vítima fosse uma policial militar não haveria negociação da polícia.
“Se a vítima fosse policial militar iria negociar com aquele bandido?” Indagou. E continuou: “Respeito, tenho um carinho especial, mas dizer que a instrução da Polícia Militar é negociar, me perdoe. Tenho certeza que se a vítima fosse uma policial militar, não tenho dúvidas de que aquela situação de flagrância seria interrompida com o criminoso sendo alvejado”, finalizou.
O 13º Batalhão de Polícia Militar, disse por meio do Sargento Marco Antônio Benitez, que o vereador tem livre expressão na tribuna, porém, a Polícia Militar não é assassina, mas, prende assassinos e agiram de forma correta.
“Os policiais são preparados para analisar a situação. No momento que os policiais chegaram o autor estava se auto lesionando. A polícia agiu de forma correta e conseguiu fazer a prisão. A polícia não é assassina, nós prendemos assassinos”, disse o sargento durante o programa Jornal do Povo da Cultura FM 106,3.