O setor de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Paranaíba está desenvolvendo uma ação de combate à leishmaniose canina visceral no município, após o registro de casos confirmados da doença. As clínicas veterinárias da cidade foram notificadas a informarem os casos positivos e os agentes comunitário de saúde levarão orientações aos moradores sobre sintomas e a necessidade de limpeza em terrenos e casas. Até o momento não existe um número de casos confirmados da doença.
De acordo com o médico veterinário da Secretaria, Gilson Luiz Piva Filho, fiscal da Vigilância Sanitária do município, a situação é preocupante, pois a leishmaniose canina é uma zoonose que pode ser transmitida dos animais para os seres humanos.
O boletim epidemiológio de leishmaniose visceral (LV) em humanos em Mato Grosso do Sul, divulgado na última quarta-feira (28) pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), traz que até o momento foram registrados dez casos da doença, dos quais três ocorreram em Campo Grande. Aquidauana, Bodoquena, Corumbá, Dourados, Jardim, Porto Murtinho e Terenos aparecem com um registro, cada. O óbito reportado no boletim refere-se a um caso ocorrido em Dourados, no início do mês de fevereiro, poucos dias após de um diagnóstico tardio, conforme a SES.
Nos próximos dias, de posse das informações enviadas pelas clínicas veterinárias, a Vigilância Sanitária do município vai realizar uma busca epidemiológica para identificar as regiões com ocorrências da doença. “Temos que barrar a proliferação do mosquito causador da enfermidade”, assinala o veterinário.
Ele alerta que um dos focos preferidos do mosquito palha são as galinhas e aves criadas na zona urbana do município. Os sintomas da leishmaniose em cães podem incluir emagrecimento, perda de pelos, fraqueza, feridas, gânglios inchados, crescimento exagerado das unhas, anemia, dentre outros.
O diagnóstico preciso da doença só pode ser feito por um médico veterinário, que realizará exames de sangue e exames citológicos, feito a partir de pequenas amostras de tecidos.
A enfermidade é causada por um protozoário transmitido por meio de picada da fêmea do mosquito-palha infectado – Lutzomyia longipalpis. A espécie também ataca humanos e a doença pode levar à morte em 90% dos casos, quando não há tratamento, destacou a administração.