Sede de microrregião, Paranaíba já desempenha um papel importante no atendimento à saúde de cidades vizinhas, como Inocência e Cassilândia. Porém, agora, com o Plano de Regionalização Hospitalar apresentado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), por meio da Superintendência de Gestão Estratégica e da Assessoria Técnica Médica (ATM), os procedimentos e atendimentos de média e alta complexidade oferecidos pelo SUS no interior serão mais amplos.
A equipe técnica esteve no Hospital Psiquiátrico Dr. Adolfo Bezerra de Menezes e na Santa Casa de Misericórdia do município. A proposta visa a criação de “grandes cinturões” nas regiões, que proporcionem atendimentos em dois grandes blocos iniciais: “cirurgia geral, ortopedia e urologia” e “oftalmologia”, tratando o paciente dentro da região, salvo em casos de alta complexidade.
“Paranaíba é sede de microrregião de saúde e desempenha um papel muito importante dentro da região Leste do estado. Foi uma reunião bastante produtiva com a Secretaria Municipal de Saúde e a diretoria dos hospitais. Pudemos apresentar nosso plano e ouvir as demandas das equipes locais”, explica a superintendente de Gestão Estratégica, Maria Angélica Benetasso.
O projeto elenca como atendimentos de alta complexidade procedimentos de neurologia, cardiologia e cirurgias vasculares, assistência à gravidez de alto risco (UTI neonatal) e linha assistencial oncológica.
“Com a hierarquização proposta, os hospitais de referência ficarão responsáveis pela alta complexidade para procedimentos agudos. O paciente que não precisa de assistência terciária poderá ser atendido dentro da região de saúde na qual reside”, explica o titular da ATM da SES, Dr. João Ricardo Tognini.
A regionalização se dá prevendo aumento populacional nos próximos anos com a implantação do Projeto Sucuriú, da empresa chilena Arauco, em Inocência, cidade vizinha ao município.
“Com as reuniões, nosso objetivo principal é planejar uma estratégia hospitalar hierarquizada, regionalizada e integrada a uma rede maior do Estado, que tenha capacidade para atender toda a demanda que virá em decorrência do desenvolvimento econômico. O Estado dá o suporte e as unidades hospitalares promovem a reorganização das equipes; o governo entra com assessoria técnica e financeira”, complementa Benetasso.