Sérgio da Silva Verginio, 31 anos, assassino de Valéria Ribeiro, 30 anos, possui histórico de violência e agressões a duas ex-namoradas. Uma das vítimas foi agredida por ele em 2011. Já no ano de 2013, Sérgio perseguiu outra ex-namorada inconformado com o fim do relacionamento de dez meses. A informação foi revelada pela delegada titular do caso, Eva Maira Cogo, em entrevista ao Jornal do Povo, da Rádio Cultura FM Paranaíba 106.3 MHz.
“Em relação ao histórico de agressões, tem dois registros de ocorrências de 2011 e 2013, de duas mulheres diferentes que se relacionaram com ele. Um é relacionado a agressão física e outro relacionado ao término de um namoro de dez meses e inconformado perseguia a mulher”, disse Eva Maira.
O caso
A filha da vítima do feminicídio ocorrido em Paranaíba (MS) na tarde de quinta-feira (14) teria conseguido jogar a arma do assassino na rua, antes que a mãe fosse morta a golpes de faca após o criminoso também efetuar disparos. Sérgio matou a ex em sua residência, no bairro Santa Lúcia, por não aceitar o fim do relacionamento.
Segundo Eva, que a vítima teria entrado em luta corporal com o assassino, três disparos foram efetuados e, ao soltar a arma, a filha, de 12 anos, conseguiu pegar o revólver calibre 38 e jogar para o lado de fora da casa. O criminoso havia trancado o portão após conseguir entrar no local.
Depois que a arma foi jogada na calçada Sérgio foi até a cozinha da residência, pegou uma faca e atacou a ex na frente da garota. Valéria foi levada ao hospital ainda com vida, sofreu três paradas respiratórias no caminho e não resistiu aos ferimentos. Sérgio deu facadas em seu próprio abdômen e pediu para que policiais o matassem. Ele foi preso e levado ao hospital.
Ainda de acordo com Eva, a criança afirmou que o homem já havia invadido a casa anteriormente, pulando o portão para tentar reatar o relacionamento com a mãe. Após a invasão a vítima contratou um pedreiro para fechar a parte de cima do portão. A delegada acredita que o fato de Valéria ter bloqueado o ex-namorado em uma rede social tenha sido o estopim para o crime. Ele foi atendido em uma unidade de saúde e deve aguarda a resolução do inquérito encarcerado.