Linhas de pipa com cerol ou chilena. Material perigoso, feito com caco de vidro e cola de sapateiro, que parece ser encontrado facilmente em Três Lagoas. Isso porque 12 pessoas ficaram feridas e foram vítimas dessas linhas, somente neste ano. Além disso, segundo a Polícia Militar, oito denúncias foram registradas pelo 2º Batalhão. Porém, quando os policiais chegaram aos pontos indicados, os suspeitos conseguiram fugir.
Mesmo sendo considerado crime, soltar pipa com este material tem colocado a vida de muita gente em risco, principalmente, motociclistas e ciclistas. Os fatos foram registrados em hospitais da cidade após atendimentos a moradores feridos.
Algumas vítimas percorriam ruas, avenidas. Outras eram crianças e adolescentes que foram atingidas pelas linhas com cerol no momento em que brincavam e empinavam o papagaio. Por sorte, ninguém morreu vítima deste tipo de crime na região. Moradores de alguns bairros, que preferem manter a identificação em sigilo, denunciam sobre o uso da linha chinela. O material é resistente e tem poder de corte quatro vezes maior que uma linha com cerol feito de vidro. Isso porque o cerol chileno é feito com uma mistura de quartzo e óxido de alumínio.
Notícias Relacionadas
“A gente só faz o registro da ocorrência quando fazemos a identificação da vítima ou do autor. Como nessas denúncias, a equipe foi até o local e não encontrou nem a vítima e nem o autor, a gente acaba não registrando. Falta a população ser mais incisiva, fazer denúncias sobre o uso do material ilegal para que possamos fazer de forma preventiva, inclusive, o recolhimento do produto e aplicar as medidas previstas”, pontou o comandante da PM, major Ênio de Souza.
O 2º Batalhão da Polícia Militar registrou dez boletins de ocorrências sobre o uso de cerol ou linha chilena em pipas, ao longo de cinco anos. Quem for flagrado usando esse material pode ser preso em flagrante e responder por lesão corporal. A legislação estadual proíbe o uso de linhas com cerol ou linha chilena para empinar papagaios. O responsável fica sujeito ao pagamento de multa, que varia de R$ 100 reais a R$ 1,5 mil.
Confira a reportagem:
