Entre o final de setembro e o começo de dezembro, três caminhoneiros morreram na BR-262, na região do Pantanal, por conta de colisões traseiras. O acidente mais recente ocorreu entre a noite de sexta-feira (10) e a madrugada de sábado (11). O motorista de um caminhão carregado com carvão não parou e atingiu a traseira de outro veículo que transportava minério de ferro. Elissandro Gamarra Ferreira, 30 anos, morreu na hora. O condutor do outro caminhão não sofreu ferimentos.
Nessa ocorrência mais recente, os Bombeiros de Corumbá atenderam o acidente. Quando a equipe de socorro chegou no local, já por volta da meia-noite de sábado, a vítima estava sem vida. Foram necessárias cerca de quatro horas de interdição da rodovia para conseguir separar os caminhões e retirar o corpo do motorista.
O outro acidente grave registrado na BR-262 foi no dia 29 de setembro, quando houve o engavetamento de quatro bitrens. Dois motoristas morreram nessa colisão. Os veículos seguiam todos no mesmo sentido e no município de Miranda, no começo da noite, um caminhão não conseguiu parar em esquema de pare/siga montado na pista por conta de manutenção. O veículo acabou atingindo outros três bitrens a frente.
Durante o atendimento de socorro às vítimas e retirada dos corpos dos veículos, os Bombeiros de Aquidauana precisaram de mais de quatro horas para realizar o serviço. A rodovia passou por bloqueios parciais e totais ao longo de cerca de 12 horas para que todos os veículos fossem rebocados e a pista ser limpa dos destroços causados pela batida.
O trecho entre Corumbá e Miranda, principalmente, tem um alto fluxo de caminhões diariamente. O transporte de minério da Capital do Pantanal está 100% sendo feito por meio rodoviário porque a ferrovia não apresenta condições de transporte e o recurso fluvial está paralisado devido à estiagem.
A média de caminhões transitando na BR-262 diariamente é de 600 veículos, o que torna o tráfego intenso no trecho dentro do Pantanal. Por conta dessa pressão de tráfego, a via apresenta várias partes com buracos, o que resulta em trânsito mais perigoso.
Veículos pesados têm restrições para transitar na rodovia durante a noite, mas como a multa é abaixo de R$ 200, o que pode ser considerada barata a penalização, muitos caminhoneiros acabam seguindo viagem para tentar reduzir o tempo de entrega da carga. A grande maioria do minério transportado a partir de Corumbá tem como destino Minas Gerais.