Após o vereador Andrew Robalinho da Silva Filho (MDB declarar que a Polícia Militar deveria alvejado o autor da morte de Valéria Ribeiro, morta a tiros e facadas no dia 14 de maio, pelo ex-namorado, em Paranaíba, o comando da PM emitiu nota defendendo a ação dos policiais.
“O Comando do 13º Batalhão de Polícia Militar vem a público discordar do entendimento do Vereador Andrew Robalinho pronunciado na tribuna da Câmara Municipal de Paranaíba nessa segunda-feira no dia 19/05, onde ele expõe que policiais militares agiram erroneamente em não atirar no indivíduo durante o atendimento de ocorrência em vitimou a senhora Valéria Ribeiro”, diz a nota.
O texto segue dizendo que Andrew Robalinho tem, em sua trajetória como vereador, relevantes atuações ao propor e defender pautas importantes em prol da população de Paranaíba, e suas propostas de moções, por vezes, exprime o sentimento de grande parte da população, como não é diferente em sua moção de pesar que manifesta tristeza pela morte da cidadã Valéria, pela qual o 13º Batalhão de Polícia Militar também expressa profundo sentimento de pesar.
“No entanto, discordamos do posicionamento do vereador ao dizer que nossos policiais militares deveriam ter alvejado o autor no momento da abordagem, pois, segundo o vereador, o autor "continuava praticando as lesões" mesmo com a presença policial, o que não coaduna com a verdade dos fatos presenciados pelos policiais que atuaram na ocorrência”, segue a nota.
A nota diz ainda que no momento da chegada dos policiais, o homem já havia consumado as agressões contra a cidadã e durante a ocorrência, sob a mira dos policiais, ele não apresentou atitudes que demonstrasse iminência de voltar a agredi-la.
“Atirar contra o indivíduo nestas circunstâncias seria fazer justiça com as próprias mãos e não estaria amparado como legítima defesa de outrem, conforme prevista na legislação em vigor no Brasil. A ação rápida dos policiais militares possibilitou a retirada da vítima ainda com vida do local e a prisão do autor vivo (mesmo após tentar suicídio e pedir por reiteradas vezes para que os policiais atirassem contra ele) para que seja processado e julgado conforme deve ser num Estado Democrático de Direito”.
A nota é finalizada com repúdio veemente a ação “covarde do assassino que ceifou de forma cruel a vida de uma mulher indefesa na frente de sua própria filha e entendemos que o vereador possa ter interpretado a ação policial com informações incipientes e não tão claras, e que como notório conhecedor do direito, por ter atuado como defensor público por muitos anos, poderá mudar sua convicção ao passo que tenha conhecimento da forma verdadeira que ocorreu a ação policial”, finalizou.