Uma égua de aproximadamente cinco anos, que caiu em um buraco de um terreno particular no bairro Industrial de Lourdes, foi abandonada desde domingo (27) pelo proprietário, segundo denúncia ao JPNEWS. Ela morreu agonizando e sem os cuidados necessários.
“Eu sempre via ela aqui pastando e percebi que há alguns dias estava sumido, daí um caminhoneiro veio na loja pedir água para dar a um cavalo e foi quando eu soube que ela estava ferida”, contou uma vendedora que trabalha ao lado e não quis ser identificada.
Ainda segundo a mulher, já é o segundo animal desta mesma pessoa que falece no local por conta de queda no buraco. “Esse terrenos é de um empresário e até onde sabemos essa pessoa usa sem autorização e há algum tempo morreu um cavalo do mesmo jeito”, disse.
Nesta tarde, dois veterinários da Prefeitura (Vigilância Sanitária) estiveram no local para aplicar eutanásia no equino, porém ela já havia morrido. Eles acionaram a prefeitura que fez a remoção do corpo do animal. Todo serviço feito pela Prefeitura, como retirar e entrerrar o animal em local adequado, será cobrado do dono, porém não compete à Vigilância denunciar o proprietário do animal por maus tratos e abandono, que no caso são os crimes cometidos; visto que o órgão já possui todos os dados do dono esse processo será mais fácil.
Conforme populares, alguns caminhoneiros que participavam da manifestação buscaram água e deram alimentos a ela, porém como não havia sombra no local, o animal desidratou.
A Vigilância Sanitária passou um contato que seria do proprietário, mas o homem disse que o dono seria um idoso de 82 anos e que não forneceria o contato dele e que foram tomadas as devidas providências como alimentação, fornecimento de água e até mesmo um veterinário teria sido providenciado para tratar o animal. Ele não quis dar mais detalhes e desligou o telefone.
A redação do JPNEWS esteve no local e chocou-se com a cena, pois o animal agonizava constantemente na tentativa de levantar. A égua estava com vários ferimentos no corpo por conta da temperatura do ladrilhado.
Gilson Piva, médico veterinário da Vigilância Sanitária, disse que se o animal tivesse sido tratado por um profissional, teria tido condições de se levantar e não teria morrido; além disso o correto seria ter levado a égua para a propriedade do dono, pois o local não pertece à ele. Ainda segundo Gilson, equinos se desidratam muito rápido e isso causa a morte do animal em pouco tempo.
Crime
Conforme a lei nº 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998, dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências, de acordo com o artigo 32: Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos; Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa. § 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.