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Absurdo

Estado tem 8 femicídios em menos de 90 dias

Em 2016 houve 34 feminicídios no Estado; em 2017, 27 e 32 em todo o ano passado

Nádia Sol Neves Rondon foi morta pelo ex-namorado a facadas - Álbum de família
Nádia Sol Neves Rondon foi morta pelo ex-namorado a facadas - Álbum de família

Na semana seguinte a do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, três mulheres foram assassinadas no Estado. A professora Nádia Sol Neves Rondon, de 38 anos, foi morta com mais de 20 facadas e o suspeito pelo crime é o ex-namorado dela, Edivaldo Costa Leite, de 31 anos. Carla Sampaio, de 36 anos, foi atropelada pelo companheiro Thiago Belatorres, de 29. As duas em Campo Grande. A terceira morte foi de Laís Peres Rodrigues, de 26 anos, foi assassinada pelo marido João Gomes de Olinto, de 39, em Alcinópolis.

De acordo com a Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, que realizou uma pesquisa junto com a Polícia Civil, em 2016 houve 34 feminicídios no Estado; em 2017, 27 e 32 em todo o ano passado. Neste ano, oito mulheres foram assassinadas no Estado.

A subsecretária Luciana Azambuja aponta o machismo como causa da violência contra a mulher em Mato Grosso do Sul. “Nós atribuímos o grande número de crimes de violência doméstica contra mulheres a uma cultura ainda muito machista e muito patriarcal de homens da nossa sociedade”, afirmou.

CASO DE GÊNERO

A psicóloga e também professora Lucy Curado explicou que um dos fatores que poderia mudar esse quadro é oferecer educação sobre diferenças de gênero a crianças. 

“Tem que haver uma educação de gênero nas escolas, por mais falta de entendimento que haja ou de que inverdades que se fale sobre isso. Mas, é justamente de mostrar as diferenças históricas, culturais de homens e mulheres, para que se tenha respeito entre essas diferenças e não se tornem desigualdade”, afirmou.