Doze anos depois, o fazendeiro Ercílio Priviatelli deverá enfrentar júri popular por um homicídio qualificado por motivo fútil, praticado no mês de julho de 2007, em uma fazenda que fica entre Três Lagoas e Brasilândia. A audiência está agendada para as 8h e será presidida pelo juiz Rodrigo Pedrini.
De acordo com o Ministério Público Estadual, a vítima José Cícero retornava para a sua residência, na fazenda que administrava, quando foi surpreendido pelo vizinho, Ercílio. Ele efetuou um disparo contra a vítima e, em seguida, colocou fogo na caminhonete, com o intuito de simular um acidente de trânsito.
Segundo o MP, o autor fraudou a apuração dos fatos que, inicialmente foram registrados como morte por acidente de trânsito com carbonização da vítima. No entanto, após suspeitas e exames com a exumação do cadáver, verificou-se a presença de sinais de marca de tiros e localizado um projétil de arma de fogo.
Próximo ao carro, foi encontrado um óculos com sangue da vítima e material genético do acusado, fator decisivo para demonstrar a presença do fazendeiro no local e reforçar a autoria do crime. O motivo do homicídio é que Ercílio tinha desconfianças sobre um suposto relacionamento amoroso entre a mulher dele e José Cícero.
Detalhe é que em 2016, Ercílio foi condenado há 14 anos de prisão, em primeira instancia, recorreu e ficou em liberdade. Agora, uma nova decisão determina o júri popular. Foram arroladas cinco testemunhas de defesa e três de acusação por parte da Promotoria de Justiça.
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