A Polícia Militar Ambiental de Miranda prestou apoio aos Institutos Reprocon e Onça Pintada durante o monitoramento e avaliações clínicas de uma onça-pintada macho, na região do Morro do Azeite, no Pantanal, entre Miranda e Corumbá. Em averiguação, foi encontrado indício que o animal selvagem vem sendo “cevado”, o que considera crime.
Conforme divulgou a PMA, a ação ocorreu em razão de informações de que um animal não identificado, no local tido como “barranco do batomucho”, havia ingerido alimento juntamente com anzol. “Durante a inspeção do local onde o animal se encontrava foram localizadas fezes com linha de pesca, o que corrobora as informações, porém no exame realizado não foi localizado anzol no interior do animal”, informaram as autoridades, por meio de nota.
Essa fiscalização, com realização de exames, ocorreu entre os dias 25 e 26 de junho. O animal foi capturado e sedado. Posteriormente, passou por vários exames, dentre eles raio-X, ultrassonografia e coleta de sangue para avaliar o estado de saúde.
Além disso, foram instaladas armadilhas fotográficas no local onde a onça já havia sido avistada, inclusive interagindo com outras, e foi colocado um colar de monitoramento para avaliar o comportamento do animal. Após todo o procedimento, a onça-pintada foi solta em seu habitat.
“Segundo informações, algumas pessoas que frequentam a região com fins de pesca e turismo, desprovidos de conhecimento, estão alimentando os animais que habitam o local. Importante salientar que quem alimenta animal silvestre em vida livre incorre em crime ambiental”, reforçou a PMA.
O crime está previsto no inciso VIII do Art. 3º Lei Estadual nº 5.673, com pena prevista de detenção de três meses a um ano, além de incorrer em infração ambiental conforme Art. 29 do Decreto Federal 6514, cuja multa prevista é de R$ 500,00 a R$ 3.000,00.
As equipes envolvidas na ação, ainda, colocaram placas informativas acerca do assunto às margens do Rio Miranda.