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Feminicídio

‘Foi bárbaro o que ele fez’, diz irmã de mulher assassinada a tiros pelo ex

Crime ocorreu na casa da vítima, no bairro Jardim Santa Júlia, em Três Lagoas

Familiares e amigos no velório, na capela Cardassi, nesta segunda-feira (15), em Três Lagoas - André Barbosa/JPNEWS
Familiares e amigos no velório, na capela Cardassi, nesta segunda-feira (15), em Três Lagoas - André Barbosa/JPNEWS

O assassinato a tiros de Halley Coimbra Ribeiro, de 39 anos, causou comoção em Três Lagoas. O crime ocorreu no final da tarde de domingo (14), no bairro Jardim Santa Júlia, e o suspeito é o ex-marido da vítima. “Foi bárbaro o que ele [suspeito] fez com ela. A forma com que a matou. Foram três tiros na frente das filhas, que só têm 3 e 5 anos. Hoje, o nosso sentimento é de total impotência”, declarou Rafaela Coimbra Ribeiro de Souza, irmã da vítima.

O ex-gerente industrial Renato Bastos Otoni, de 62 anos, e ex-marido de Halley, está foragido e, segundo a Polícia Civil, equipes realizam buscas na tentativa de localizá-lo. No primeiro semestre de 2017, ele trabalhava como gerente de uma fábrica de celulose, instalada em Três Lagoas. O casal estava separado há três meses e o ex-gerente não aceitava o fim do relacionamento, de acordo com familiares. Na tarde de domingo, ele foi até a casa da vítima e efetuou os disparos que atingiram as costas e o rosto dela. As filhas do casal estavam no local e presenciaram o assassinato. Halley trabalhava em uma empresa da família.

Rafaela, que tem 28 anos e é manicure, contou à reportagem que um dos motivos da separação do casal foi agressão do empresário contra a enteada, de 15 anos. Inclusive, nesta segunda-feira (15), o suspeito seria ouvido na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), no inquérito aberto para apurar a agressão, conforme relatou Rafaela.

Emocionada, a irmã da vítima disse que Renato não demonstrava ser agressivo com Halley e que o único fato que ocorreu foi contra a enteada. “Nunca vi ou ouvi falar que ele teria agredido a minha irmã. Ele era uma pessoa de casa, que tem condições financeiras, que tem empresas. Não sei por que fez isso”, disse.

A Polícia Civil informou que está rastreando os cartões bancários e o celular do suspeito.

O corpo da vítima é velado na capela da Cardassi, com grande comoção, de amigos e familiares de Halley. O sepultamento está previsto para as 10h, no Cemitério Municipal Santo Antônio. 

Supeito de cometer o crime está foragido e teve os cartões bloqueados, segundo a Polícia Civil. Foto: Reproducação/Facebook