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Governo dos EUA alerta para crescimento do PCC no exterior

A renda obtida no exterior os ajudaria a comprar armas e a manter o controle de favelas em cidades como Rio e São Paulo

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Segundo o relatório anual do Departamento de Estado dos EUA que traça um painel do tráfico de drogas no mundo, o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa de São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, aumentaram a presença internacional passando a atuar em países como Bolívia, Paraguai e, "possivelmente", Portugal.

A renda obtida no exterior os ajudaria a comprar armas e a manter o controle de favelas em cidades como Rio e São Paulo. O texto também aponta para um crescimento entre as ligações das organizações com traficantes da Colômbia e do México.

O relatório é elaborado por ordem do Congresso dos EUA e foi feito ainda sob o governo do republicano George W. Bush. A publicação aponta Portugal como o porta de entrada para a Europa da cocaína traficada de países andinos via Brasil e Venezuela, com primeira escala em países do oeste da África.

Sobre a atuação do PCC no país europeu, o relatório cita a imprensa portuguesa em matérias que apontam para atividades criminosas realizadas por imigrantes brasileiros. Estes atuariam principalmente na Margem Sul do Tejo, na Grande Lisboa, e foram classificados pela imprensa local de PCP (Primeiro Comando de Portugal). Um dos envolvidos seria Edivaldo Rodrigues, preso em 2008, acusado de ter matado um ourives em Setúbal, ao sul de Lisboa. O outro seria o foragido Moisés Teixeira da Silva, que segundo a Polícia Federal brasileira participou do furto de R$ 164,7 milhões do Banco Central de Fortaleza, em 2005.

Sobre o Brasil em geral, o texto afirma que o país é um dos 20 principais produtores e corredores de drogas do mundo e um dos 60 considerados os maiores lavadores de dinheiro (EUA e Reino Unido incluídos). Afirma ainda que é o segundo maior consumidor de cocaína, atrás apenas dos EUA.

Por fim, o relatório aponta para os principais estados brasileiros por onde as drogas bolivianas entram, no caso, via Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e por Guaíra, no Paraná.