O júri popular do fazendeiro Ercílio Priviatelli, acusado por homicídio qualificado por motivo fútil, praticado há 12 anos, em uma fazenda que fica entre Três Lagoas e Brasilândia, foi suspenso. O julgamento estava previsto para esta quarta-feira (27), no Fórum a cidade, presidida pelo juiz Rodrigo Pedrini. A defesa interpôs recurso na segunda-feira (25) contra a decisão da Justiça de que o réu enfrente júri. Enquanto essa nova ação não for analisada, o processo fica suspenso, assim como o julgamento.
De acordo com o Ministério Público Estadual, a vítima José Cícero retornava para a sua residência, na fazenda que administrava, quando foi surpreendido por Ercílio. Ele efetuou um disparo contra a vítima e, em seguida, colocou fogo na caminhonete, com o intuito de simular um acidente de trânsito.
Fraude
Segundo o MP, o autor fraudou a apuração dos fatos que, inicialmente foram registrados como morte por acidente de trânsito com carbonização da vítima. No entanto, após suspeitas e exames com a exumação do cadáver, verificou-se a presença de sinais de marca de tiros e localizado um projétil de arma de fogo.
Próximo ao carro foi encontrado um óculos com sangue da vítima e material genético do acusado, fator decisivo para demonstrar a presença do fazendeiro no local e reforçar a autoria do crime.
O motivo do homicídio é que Ercílio tinha desconfianças sobre um suposto relacionamento amoroso entre a mulher dele e José Cícero.