O motorista que atropelou uma criança de 3 anos, no bairro Vila Haro, em Três Lagoas, se entregou à Polícia Civil, 37 dias após o acidente, e foi levado para a Penitenciária de Segurança Média. O auxiliar de escritório Flávio de Souza Mendonça responde pelos crimes de conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool e lesão corporal culposa. A Justiça já havia expedido mandando de prisão preventiva, que foi cumprido na quarta-feira (11).
Flávio estava acompanhado da advogada quando compareceu à 3ª Delegacia da Polícia Civil de Três Lagoas e prestou depoimento ao delegado Alessandro Capobianco. O condutor nega ter ingerido bebida alcoólica e diz que recebeu ameaças e, por isso, não se entregou antes. O inquérito deverá ser concluído no mês de abril. Depois, será encaminhado para o Ministério Público Estadual (MPE).
O acidente ocorreu em 4 de março de 2018. A pequena Melina Pereira atravessava a rua quando foi arrastada e ficou prensada entre o veículo e o muro da casa dela. O auxiliar de escritório voltava de um almoço da família da namorada e negou ter ingerido bebida alcoólica.
Em março, a juíza substituta da 3ª Vara Criminal de Três Lagoas, Aline Beatriz de Oliveira Lacerda, negou o pedido de revogação de prisão preventiva do motorista. Ela determinou ainda que o pagamento de fiança no valor de R$ 1 mil feito pelo motorista para ser liberado da delegacia depois do acidente, seja revertido para a família. Flávio chegou a ser preso em flagrante e acabou solto horas depois.
Entenda o caso
O motorista, segundo a Polícia Militar, estava alcoolizado, acabou preso em flagrante, mas pagou fiança e foi liberado. Outra criança estava no veículo, no banco do passageiro, no momento do acidente. Ela é filha da namorada do condutor.
A reportagem conversou com Flávio Mendonça dois dias após o acidente . Ele contestou a informação de que estava embriagado e contou que não fez o teste de bafômetro, na ocasião, por receio de ser linchado pelos moradores, no local. O condutor declarou estar abalado com a situação.
Melina passa bem e chegou a ficar internada por 13 dias em Campo Grande. Ela ganhou uma cadeira de rodas e a família busca recursos para comprar uma prótese.