Após a queda de quatro pontes de madeira na Zona Rural, o Sindicato Rural de Paranaíba solicitou apoio do Ministério Público para que o município faça a manutenção nos locais afetados. O último acidente ocorreu na quarta-feira (21), na região da Ponte Alta. Os outros acidentes foram registrados em abril, julho e início de agosto. “É o quarto acidente com as mesmas causas do que ocorreu nos últimos quatro meses. Graças à Deus, em todos eles, os danos foram apenas materiais”, afirmou Fábio Macedo, presidente do Sindicato Rural.
Conforme o presidente, foram enviados no dia 19 de julho ofícios solicitando que fosse realizada uma inspeção para avaliação do estado de conservação em todas as pontes de madeira existentes nas estradas rurais do município e, em caso de necessidade, que fosse realizada a manutenção e, em caso de interdição, que o serviço fosse realizado da maneira mais rápida possível, mas a solicitação não foi atendida.
Das pontes caídas, nenhuma foi recuperada, conforme Fábio Macedo. Além dos prejuízos já causados pelos acidentes ocorridos pela falta de manutenção, os transtornos e prejuízos causados aos produtores rurais das regiões afetadas são grandes. “No caso da ponte que caiu no mês de abril, há quatro meses de completo descaso e silêncio sobre quando a obra será realizada. Causa medo e revolta nos produtores rurais, a quantidade de acidentes causados por pontes em péssimas condições de tráfego em curto espaço de tempo, principalmente em virtude dos altos valores de impostos pagos para esta finalidade (Fundersul e ITR)”, disse.
José Souto Silva, secretário de Agricultura, explicou que todas as pontes que estão danificadas têm previsão de ser recuperadas, inclusive, já foram reformadas cerca de 60 pontes nos últimos três anos. “Fizemos duas pontes em concreto, o que melhorou significativamente a região dos Coqueiros e a região do Divisa”, pontuou. Com relação à manutenção, o secretário destaca que está começando a recuperação da Ponte na região das Três Barras e na região do Alto Santana. “O serviço é rotineiro”, frisou. No caso da ponte sobre o Rio das Pedras, que desabou em abril, uma empresa do setor florestal já armazenou tábuas e vigas no lado da ponte destruída, indicando a possibilidade de que irá realizar a obra por sua conta.