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Violência Doméstica

Mulher acusa companheiro de agressão e pede medida protetiva

Vendedora afirma ter sido jogada em escadaria e lutado para se defender

Vítima teria sido socorrida por ex-marido, pai dos filhos, após agressões - Arquivo/JPNEWS
Vítima teria sido socorrida por ex-marido, pai dos filhos, após agressões - Arquivo/JPNEWS

Uma vendedora de 26 anos acionou a Delegacia de Atendimento a Mulher (DAM) na segunda-feira (26), após, segundo ela, ter sido agredida e mantida em cárcere privado pelo seu companheiro, um DJ e promotor de eventos, durante a tarde domingo (25) em Paranaíba (MS).

De acordo com o relato da mulher, ela teria sido vítima de outras agressões ao longo dos quase quatro anos de relacionamento. O ex-marido e pai dos filhos acompanhou a denunciante à Santa Casa para exames que constataram diversas lesões. Fotos do exame de corpo de delito mostram ferimentos nas pernas, braços, costas e olhos.

A denunciante afirmou que ao retornar para a casa onde o casal reside, após almoçar em uma churrascaria, o companheiro, por ciúmes, teria iniciado as agressões. O homem teria dado socos e chutes na mulher, além de tê-la arremessado na escadaria do local onde moram.

Ainda segundo a vendedora, por diversas vezes anteriores o companheiro quebrou aparelhos celulares, monitorou suas redes sociais e saiu em sua “caça” pelas ruas da cidade. A mulher também disse já ter sido ameaçada de morte.

Durante depoimento a investigadores da Delegacia de Atendimento a Mulher, a vendedora conta ter afirmado que já na madrugada de sábado o DJ teria chegado embriagado de um evento, após andar por diversos lugares da cidade à sua procura. A mulher estava em casa dormindo, quando foi então despertada pelo marido, quando iniciaram uma discussão.

Já no domingo pela manhã o homem teria, mais uma vez, pedido perdão e prometido “mudar o comportamento”, porém a vítima afirmou não mais querer seguir no relacionamento, momento em que informou ao companheiro que iria sair para almoçar. Ao retornar, por volta das 16h, ele teria começado a questionar onde ela estaria, se estaria com outro e iniciado as agressões.

A mulher afirma que ao tentar se defender das agressões, ela teria dito ao companheiro que "desta vez seguiria com a denúncia à Polícia” e que “só sossegaria quando ele estivesse preso”, fazendo menção a um boletim de ocorrência registrado anteriormente, mas retirado depois de pedido de perdão por parte do agressor. Neste momento o agressor teria se acalmado e, ele mesmo, acionado a Polícia Militar, afirmando “estar com um problema em casa” e pedindo ajuda a policiais. Com a chegada da guarnição, a vítima teria se irritado com a inversão no relato dos fatos por parte do companheiro, que teria dito ter sido vítima de agressões da mulher.

Ao tomar conhecimento do fato, o ex-marido e pai dos filhos da vítima socorreu a ex-mulher e a acompanhou até a Delegacia de Atendimento a Mulher e Santa Casa de Misericórdia. A vendedora solicitou medida protetiva.