O pedreiro Maxwell Nogueira, de 31 anos, foi condenado a 21 anos de prisão, em regime fechado, por matar a facada a namorada durante comemoração de Natal. A cozinheira Maria Cristina Vilas Boas, que tinha 33 anos à época, foi assassinada em um rancho às margens da BR-158, em 25 de dezembro de 2015, após uma discussão. O júri popular ocorreu no Fórum de Três Lagoas, na quarta-feira (27).
“O crime foi praticado com frieza, considerando que após desferir a facada fatal no pescoço da vítima, que sangrou até a morte, não prestou nenhum tipo de socorro a ela, tendo fugido logo em seguida e ficando foragido por mais de dois anos. Considero que a personalidade do acusado é voltada para o cometimento de crimes dolosos contra a vida, pois já foi condenado por outro homicídio qualificado consumado mediante disparo de arma de fogo na cabeça da vítima”, diz trecho da decisão do juiz da 1ª Vara Criminal, Rodrigo Pedrini.
Maxwell já estava preso na Penitenciária de Segurança Média deTrês Lagoas desde o ano passado. Esta foi a segunda vez em que ele sentou no banco dos réus. Em 2018, o pedreiro foi condenado a 19 anos de prisão no regime fechado por matar a tiros um colega de trabalho, durante um churrasco, em 2012.
Dois anos após o homicídio da namorada, ele foi encontrado pela Polícia Civil trabalhando como pedreiro no Amazonas.
ENTENDA O CASO
A festa de Natal no rancho foi organizada por amigos de Maria Cristina – que tinha 33 anos à época – e Maxwell. Eles foram até o local em uma moto.
No meio da festa, os dois se afastaram dos convidados para conversar e Maxwell sai do local, com a moto, sem se despedir. Pouco tempo depois, porém, uma pessoa encontrou a vítima esfaqueada e caída no chão.
O relacionamento deles tinha apenas dois meses. Maria Cristina trabalhava como cozinheira de uma empresa que prestava serviços para a Unei (Unidade Educacional de Internação) Tia Aurora, de Três Lagoas. Ela deixou três filhos.