Após denúncias e ameaças de supostos ataques de facções, em Três Lagoas, policiais do 2º Batalhão da Polícia Militar preparam um planejamento emergencial de defesa. Pela primeira vez, muitos deles, participaram de um treinamento específico para combater as organizações criminosas, que já estariam instaladas no município e, em cidades vizinhas. O curso foi realizado pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope).
O capitão do Bope, Vinícius de Souza, destacou que os militares preparam um planejamento de defesa, que será colocado em prática em 15 dias. “Três Lagoas é uma cidade de divisa do estado. Tem uma população relativamente grande e com movimentação financeira alta. Por isso estamos ministrando instrução para várias unidades policiais para combater as ações criminosas, como ataques a banco, na modalidade conhecida como Novo Cangaço, tentativa de resgate de preso membro de facção, ataque a carro forte, crimes mais violentos que geram pânico a população e já ocorrem em cidades próximas daqui”, pontuou.
Um dos casos que chamou a atenção foi do suposto ataque a uma promotora de Três Lagoas. O plano teria sido arquitetado por uma jovem, como vingança, após ser denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE). O Fórum também já teria sido alvo dos criminosos. O setor de Inteligência da PM revelou que recebeu informações de que uma facção planejava resgatar membros do grupo durante audiências.
Souza explicou que informações sobre os supostos ataques na cidade foram registradas no Comando-Geral, em Campo Grande. “Essas informações foram repassadas para nós, por meio da Inteligência, e fizemos algumas operações aqui justamente para prevenir esse tipo de situação”, considerou.
O treinamento de instrução é composto por aulas teóricas e depois o plano de defesa será demonstrado por meio de uma simulação. O subcomandante do 2º Batalhão da PM, Yuri Fernandes, observa que é importante ação como essa para reforçar o trabalho dos militares contra os bandidos. “Essas quadrilhas operam de uma maneira muito violenta. Chegam fortemente armados, tocam o terror na cidade e geralmente com o poderio de armamento acima do que nós temos na Polícia Militar. E para combater essas ocorrências somente com muito treinamento”, declarou.
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