Nove pessoas morreram em acidentes de trânsito, neste ano em Três Lagoas. Em quatro casos há suspeita de que as vítimas estavam alcoolizadas – dado considerado alto e que reflete não apenas a falta de conscientização de motoristas, mas também falhas na fiscalização do trânsito. A Polícia Militar da cidade tem apenas um bafômetro – que chegou do conserto na semana passada, após dois anos – para monitorar 80 mil motoristas.
A falta de aplicação da Lei Seca na cidade foi pauta de reportagem do Jornal do Povo, na semana passada, e que resultou em uma operação do 2º Batalhão da PM para coibir motoristas embriagados nas ruas.
De acordo com a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), a cidade deverá ter apenas o equipamento até que uma licitação para compra de outros seja feita, ainda sem data prevista. Só depois, três bafômetros levados pelo órgão para aferição deverão ser substituídos.
“Os equipamentos foram entregues ao Detran [Departamento Estadual de Trânsito] para manutenção, mas devido ao custo elevado (…) ficou definido que novos serão adquiridos”, diz a Sejusp em nota.
Um bafômetro legalizado, com a emissão de laudo imediato e aprovado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) custa, em média, R$ 2,5 mil. A aferição do equipamento é feita anualmente por uma empresa de São Paulo (SP) por valor maior, segundo a Sejusp. Dessa forma, os policiais de trânsito vão continuar apenas com um bafômetro nas ruas do município.