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Caça Às Bruxas

Polícia faz varredura em armários de militares no 2º Batalhão de Três Lagoas

Monitoramento é por conta de sargento preso com droga dentro do quartel, durante operação do Gaeco e Corregedoria

Havia mandado de busca e apreensão contra sargento, flagrado com três quilos de maconha. - Arquivo/JPNEWS
Havia mandado de busca e apreensão contra sargento, flagrado com três quilos de maconha. - Arquivo/JPNEWS

A prisão de um sargento da Polícia Militar, flagrado com 3 kg de maconha dentro do 2º Batalhão de Três Lagoas, tem feito com que a fiscalização do lado de dentro dos muros seja mais rigorosa. Uma varredura nos armários dos militares foi feita pelo comando com auxílio da cadela Mara, usada pelos policiais no combate ao tráfico de drogas. A fiscalização ocorreu na segunda-feira (14), data em que o sargento foi preso durante a Operação Themis, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na cidade, com apoio do Batalhão de Choque de Campo Grande e da Corregedoria.
“Não admitimos nenhuma conduta errada e foi uma surpresa o que ocorreu com esse sargento. Para que houvesse transparência e também por determinação do major Ênio de Souza foi realizada uma ‘caça às bruxas’ lá dentro. Uma revista geral com a presença dos corregedores. Deixamos claro que não é nossa conduta esse tipo de situação a qual envolve o militar”, declarou o capitão Yuri Fernandes, subcomandante do 2º Batalhão. 

Havia um mandado de busca e apreensão contra o sargento e durante revista foram encontrados os tabletes de maconha dentro do armário do militar, no batalhão. Também foi realizada uma vistoria na casa do sargento, onde foi preso. A corregedoria enviou o sargento ao presídio militar da capital, onde aguardará o julgamento. 

Prisões
A operação investiga uma organização criminosa, tráfico de drogas e coação. Uma mulher de 22 anos também foi presa com meio tablete de maconha dentro da própria residência. 

Fake News
Um dia após a operação, uma imagem falsa associada a uma publicação do portal JPNews foi viralizada. A foto de outro policial militar, que nada tem a ver com a operação, foi divulgada por meio do WhatsApp como se fosse o sargento preso. Dessa forma, o Setor de Inteligência da Polícia Militar abriu uma investigação para tentar identificar o autor da postagem. A imagem divulgada é do sargento Romildo Gomes Francisco, que trabalha atualmente no Distrito de Arapuá.

“Eu, como tantos outros profissionais em segurança pública, fiquei envergonhado pelo desvio de conduta do companheiro de serviço, que responderá com os rigores da lei e, logicamente mais envergonhado e   ‘abalado’ com a vinculação do fato ocorrido com a minha imagem”, declarou.