Equipes da Polícia Federal de Corumbá avançaram em investigação para identificar que caçou e matou uma onça-pintada na região do rio Paraguai-mirim, no Pantanal.
A PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em área remota para reunir indícios. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Corumbá.
A operação, denominada Yaguara, foi deflagrada nesta quinta-feira (3) com o objetivo de combater a caça ilegal de onça-pintada e a biopirataria no Pantanal. Esse tipo de ocorrência é identificada quando a pele e outras partes dos animais abatidos acabam sendo comercializados.
As investigações tiveram início em março de 2023, após o recebimento de notícia-crime e publicações de vídeo nos quais se via o corpo de uma onça-pintada adulta, sem cabeça, flutuando no leito do rio do Paraguai-mirim. Essa área fica a cerca de 2h de navegação rio Paraguai acima.
Instaurado o Inquérito Policial, foram realizadas diversas diligências pelo Pantanal, resultando em indícios que apontaram os possíveis envolvidos no crime, além da indicação de que a cabeça do animal fora vendida para o exterior, configurando também a prática de biopirataria.
A Polícia Federal atua no Pantanal visando combater, dentre outros crimes, a caça ilegal de animais silvestres, principalmente, da onça-pintada.
A Delegacia da Polícia Federal em Corumbá mantém canal de denúncias anônimas através do e-mail [email protected] e do telefone 67 9 9616 2162.
Conforme o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), entre 2016 e agosto de 2023, já foram identificadas no Pantanal seis mortes de onça-pintada por conta de caça. Outros dois animais chegaram a ser capturados para estudos em 2020, na época do fogo intenso no bioma, e apresentavam sinais de terem sido atingidos por projéteis.