A Polícia Militar de Campo Grande iniciou, nesta sexta-feira (31), uma ação para fiscalizar 140 medidas protetivas de urgência expedidas em favor de mulheres que sofreram algum tipo de violência na capital. A ação conta com 20 viaturas e 40 policiais e faz parte do Programa Mulher Segura (Promuse).
As visitas são feitas para assegurar que as medidas estão sendo cumpridas corretamente e que as mulheres continuem seguras. Nos locais, os agentes precisam preencher um formulário especial de atendimento.
"O relatório que os policiais vão produzir, vai desencadear a Rede de Atendimento à Mulher, entendo que esse problema não é só da Polícia Militar, não é só um problema de segurança pública, é uma rede de atendimento de vários profissionais para resolver essa questão tão complexa e que deve ser enfrentada", explica o diretor adjunto do policiamento militar comunitário, tenente-coronel Carlos Magno.
Até o momento, há 5.800 medidas protetivas de urgência ativas na capital e, só esse ano, seis mulheres vítimas de violência doméstica foram assassinadas em Mato Grosso do Sul. O tenente ainda reforça que a ação é a primeira etapa para segurança das mulheres melhorar em todo o estado.
"É o primeiro passo em Campo Grande, para tentarmos diminuir esses números. Em um segundo momento nós vamos para o interior do estado, capacitar os policiais dessas cidades e então a gente traz a sociedade, a gente traz o poder judiciário e outros integrantes da rede da mulher. Tudo isso para mostrar para a comunidade que não estamos só com promessas, estamos agindo em loco", afirma Magno.
Além das medidas protetivas, os policiais também estão realizando 25 visitas técnicas em casos pontuais, a ação acontece em todas as sete regiões da capital.