Um novo decreto do governo federal poderá permitir que a polícia fique com as armas apreendidas com criminosos. A proposta poderá suprir os policiais quando o assunto é deficiência de armamento pesado. O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e o documento deverá ficar pronto ainda em agosto.
Atualmente, de acordo com o Estatuto do Desarmamento, as armas apreendidas são encaminhadas ao Exército para destruição. Com a mudança da lei por decreto, o armamento poderá ser requisitado pelas polícias Civil e Militar, catalogado e utilizado no combate aos traficantes.
Em Três Lagoas, 33 armas já foram apreendidas neste ano. O número é considerado alto pela polícia e corresponde a metade do que foi apreendido em 2015. “Essa proposta é bem positiva, pois, várias armas que são apreendidas no município durante as operações policiais ou em flagrantes de tráfico para vários estados, poderão contribuir e muito com o serviço policial”, observou o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar de Três Lagoas, José Aparecido de Moraes.
Armas são apreendidas com mais frequência, no município, em rodovias e também na zona rural. Na maioria, pistolas e revolveres de diversos calibres.
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O comandante destaca que em alguns casos, os policiais apreendem armas de uso restrito das Forças Armadas, como fuzis, e que poderão reforçar o armamento utilizado pelos policiais.
O delegado regional Rogério Makert avalia que quanto mais número de armas com a polícia, maior a segurança. “Pelo estado ser área de fronteira com a Bolívia e Paraguai há algumas apreensões de armas de grosso calibre e elas poderão ser bem utilizadas por nós”, concluiu.
Os principais tipos de crimes envolvendo essas apreensões, em Três Lagoas, são posse ilegal e porte ilegal de arma de fogo, homicídio e tentativa. Atualmente os policiais Civis e Militares recebem do Governo de Mato Grosso do Sul uma pistola ponto 40.
