Muitas mulheres, vítimas de violência doméstica e que conseguiram na Justiça medidas protetivas, ainda sofrem ameaças de agressores. Algumas voltam atrás nos pedidos encaminhados ao Poder Judiciário ou até mesmo nos boletins de ocorrência por medo de retaliações. Para aumentar a sensação de segurança e também verificar algum se há descumprimento nas decisões judiciais contra os parceiros, policiais militares do 2ª Batalhão de Três Lagoas iniciam monitoramento nas residências das vítimas, nesta segunda-feira (11)
A iniciativa faz parte do Promuse (Programa Mulher Segura), que foi implantado nesta semana na cidade, e consiste em visitas periódicas às mulheres agredidas. Os policiais participaram de um curso de capacitação, que iniciou no dia 4 de novembro e terminou na sexta-feira (8).
Uma das ações consiste em patrulhamentos e rondas constantes próximos aos endereços das vítimas que possuem medidas protetivas. O objetivo é verificar se o agressor fez contato ou foi visto próximo aos imóveis. A situação de cada uma irá constar em relatórios elaborados pelos policiais militares.
O coordenador estadual do projeto, tenente-coronel PM Josafá Dominoni, que trabalha no Batalhão em Campo Grande, disse que o número de casos de violência doméstica no município é alto. “Infelizmente, hoje, é destaque no Estado. São quase sete mil processos judiciais de violência doméstica no Fórum da cidade. Realmente necessitava dessa intervenção para que por meio do programa a Polícia Militar pudesse trabalhar de maneira mais efetiva na região”, afirmou.
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