O inquérito da morte de Regianni Araújo, 32 anos e do corretor de imóveis, Fernando Enrique Freitas, 31 anos, foi concluído na última quinta-feira (14), de acordo com a delegada responsável pelo caso, Eva Maira Cogo. O policial militar ambiental, Lucio Roberto Queiroz Silva responderá por homicídio doloso qualificado por motivo fútil e que impossibilitou a defesa e feminicídio.
O crime ocorreu em 5 de outubro após o policial receber ‘prints’ de conversas entre Fernando e Regianni, que indicavam um suposto relacionamento amoroso entre eles.
A delegada disse que na terça-feira (19) dará mais detalhes sobre o inquérito, o advogado de Lucio, José Roberto Rodrigues da Rosa, foi procurado e informou que na tarde desta segunda-feira está em júri e não poderia falar sobre o caso no momento.
Lúcio permanece preso em Campo Grande. Em depoimento, ele disse à delegada Eva Maira Cogo que foi à casa da sogra de Fernando Enrique para “tirar satisfação”, disse também que está arrependido.
Depois do depoimento que durou três horas, ele foi levado para o presídio militar de Campo Grande. Lúcio disse que Fernando tentou agredi-lo durante a conversa. Na discussão, Lúcio teria exigido o celular onde estariam as mensagens originais com Regianni. Em seguida, o corretor é assassinado.
Depois, Lúcio fez duas ligações pelo telefone pessoal e foi para a casa dos pais, onde estaria Regianni e um dos filhos do casal. O pai dele tentou impedir que ele atirasse três vezes na mulher.
“O filho do casal estava na sala e viu o pai chegar com a arma em punho”, frisou. O policial fugiu em seguida.
Prints
Com relação a participação da viúva de Fernando, que teria mandando as cópias de mensagens entre seu esposo e Regianni, a delegada explicou que ela já foi ouvida, e apresentou os prints que teria enviado a Lúcio. “A princípio não há participação dela com a finalidade da morte destas vítimas, o que há é que ela descobre a traição e indignada encaminha para o autor dos crimes. Ela fala para ele então que o casamento acabou e ele teria dito no telefone que o dele também teria acabado”, frisou a delegada.
Defesa
De acordo com o advogado responsável pela defesa do policial, José Roberto Rodrigues da Rosa, seu cliente disse que foi informado da traição de forma rápida e sorrateira, o que teria levado ele a perder a cabeça. “Uma esposa que ele amava. Mãe do filho dele e infelizmente acabou resultando nisso. Ele foi instigado nesta situação e foi surpreendido pelas mensagens de traição. Isso pegou realmente ele de surpresa”, justificou.