O suspeito de torturar e matar a companheira Francielli Guimarães Alcântara, de 36 anos, Adailton Freixeira da Silva, de 46 anos, que foi preso em Mato Grosso, na última segunda-feira (31), será transferido para Campo Grande. Segundo informações da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), a chegada está prevista para a tarde desta quinta-feira (3).
Adailton será trazido por policiais civis da delegacia, que foram busca-lo no Estado vizinho. Na Capital, ele deve ser interrogado e indicado por homicídio qualificado por feminicídio, tortura e cárcere privado.
A prisão de Adailton, que estava foragido por cinco dias, aconteceu na rodoviária de Cuiabá, cidade onde tinha um familiar.
Entenda o caso
Francielli era mantida em cárcere privado desde o dia 1º de janeiro deste ano, junto com o filho adolescente do casal. A Polícia Militar chegou a ir à residência cerca de três vezes, mas, por medo das ameaças e torturas do marido a vítima dispensava a viatura, afirmando estar tudo bem.
Na madrugada de quarta-feira, completando 26 dias em cárcere privado e tortura, Francielli morreu com sinais de estrangulamento. O caso só chegou à 6ª Delegacia de Polícia Civil depois que a equipe do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) viu os ferimentos no corpo da mulher. O companheiro, Adailton Freixeira, fugiu em seguida, em uma moto Honda CB 300.
"Inicialmente foi data como morte a esclarecer, mas na perícia foi identificado possivelmente um crime de feminicídio, por conta das escoriações, lesões sérias, e que eram indicativas ao crime de tortura, antes mesmo do óbito", explicou a delegada.
Durante a investigação a polícia apreendeu objetos de trabalho do acusado, como soldador, um dente e outros objetos que serão analisados para confirmar se foram usados nas sessões de tortura.