A psicóloga e policial civil lotada no município de Cassilândia (MS), Joana Dark Oviedo, comentou sobre a tentativa de homicídio ocorrida em Paranaíba (MS), em 20 de março, por volta das 16h, em um ponto de combustíveis, quando um homem de 30 anos, enciumado, tentou matar a golpes de facão um frentista de 41 anos que supostamente teria mexido com sua esposa e pedido a ela o número de telefone. Chamou a atenção o fato de a mulher do agressor estar dentro do veículo do casal e acompanhar toda a situação. O homem teria abordado a mulher anteriormente, quando ela estava longe do companheiro. Ele nega a acusação.
O caso, que ficou conhecido como “O caso do Zé do Facão”, fomentou nas redes sociais a discussão de “até que ponto um casal pode dizer tudo um ao outro”, em relação a possíveis assédios ou investidas recebidas de terceiros no dia a dia.
Em conversa com a redação do JPNEWS, a profissional do comportamento humano e também agente de segurança pública afirmou que deve haver cuidado antes de ir contando tudo ao parceiro. “Eu penso que nem sempre o marido, ou o parceiro, é suficientemente maduro para entender e sair da situação de forma equilibrada e racional. Na minha opinião, e como psicóloga, não se deve contar tudo.” disse.
Joana também alertou sobre as conseqüências negativas para o relacionamento, caso o parceiro não tenha capacidade de gerenciamento emocional em situações que envolvam sentimento de ciúme. “Em diversos casos, o parceiro pode não chegar a agredir terceiros ou criar confusão, mas, pode não ter maturidade e começar a fantasiar situações, colocando o próprio companheiro em suspeição. Aquele negócio de ‘será que você não deu liberdade?’. Situações assim podem ser jogadas na cara o resto da vida e minar a relação até mais que uma traição de fato. Deve-se haver cumplicidade e maturidade.”, afirmou.
Identificado como dono de um estabelecimento comercial do ramo alimentício em Paranaíba, o autor da agressão responderá por tentativa de homicídio.
O caso segue sob investigação da 1° Delegacia de Polícia Civil.