Uma mulher de 31 anos, que foi agredida com tapas no rosto e chutes por seu companheiro, um homem de 33 anos, na noite de sexta-feira (15) em Paranaíba (MS), disse que “ficaria na Delegacia de Polícia Civil caso o companheiro fosse preso e só sairia de lá após a sua liberação”. O caso ocorreu no Terminal Rodoviário do município.
De acordo com o registro policial, por volta das 22h uma viatura da Polícia Militar foi acionada e compareceu ao terminal onde estaria ocorrendo um caso de violência doméstica. Ao chegar ao local, a vítima, que estava com um hematoma na região do quadril, relatou aos policiais que seu companheiro a havia agredido com tapas no rosto e chutes, após ela lhe negar permissão de trocar carne por droga. Ao ser agredida e afirmar que acionaria a Polícia, o agressor, segundo a vítima, ainda a ameaçou dizendo que “a mataria se ela ligasse para os policiais”.
Ainda segundo o registro policial, devido ao estado alterado, o homem precisou ser algemado durante a abordagem. Até ser encaminhado à Delegacia de Polícia Civil dentro do compartimento de segurança da viatura, o acusado teria batido diversas vezes a cabeça contra a grade de proteção do veículo. O homem apresentava ferimentos no rosto e nas mãos, segundo ele, consequência de uma briga que teria se envolvido também na rodoviária.
Na Delegacia, durante conversa com os investigadores e policiais militares, a vítima confirmou todas as agressões, apresentando ferimentos em seu corpo que teriam sido causados pelo companheiro.
Ao ser orientada sobre as garantia da lei Lei 11.340/06 – Lei Maria da Penha –, receber requisição para exame de corpo de delito e ser aconselhada a se dirigir à Delegacia da Mulher para receber atendimento especializado, a mulher afirmou que “não gostaria de ver seu companheiro preso” e que “só sairia da Delegacia quando ele fosse solto”.
Após assinar um termo de notificação, a mulher foi liberada e aguardou por 15 minutos até que o agressor assinasse um compromisso de intimação e fosse liberado. Na porta da Delegacia, antes de ir embora com o agressor, a vítima afirmou ao companheiro e aos policiais que “jogaria fora todos os papeis”, se referindo ao termo de notificação, requisição de exame de corpo delito e intimação.
O caso foi registrado como violência doméstica: lesão corporal dolosa.