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Corumbá

Trabalhador rural de 40 anos sofre ataque de onça em região do Pantanal

Região é de difícil acesso e peão precisou ser socorrido com avião dos Bombeiros

Funcionário de fazenda segue internado em Corumbá - Foto: Reprodução
Funcionário de fazenda segue internado em Corumbá - Foto: Reprodução

Uma onça foi apontada como causadora de várias lesões que um peão de fazenda sofreu no começo da noite de segunda-feira (28). Ele trabalha na região do Paiaguás, em local que fica mais de um dia de distância de viagem a partir de Corumbá. O socorro só conseguiu trazê-lo para a cidade no começo da tarde desta terça-feira (29). Um avião dos Bombeiros prestou o atendimento.

O trabalhador rural de 40 anos informou que estava montado cerca na fazenda e acabou sendo atacado por uma onça. Ele tentou fugir do animal, mas não conseguiu. Além dele, havia um colega de trabalho no local, porém não ficou ferido. O homem sofreu graves ferimentos nos dois braços e na perna.

Conforme os Bombeiros, ele teve cortes na cabeça, fraturas e ferimentos lacerantes nos braços e queimadura de segundo grau na perna coxa direita porque o celular que estava no bolso explodiu com o ataque. Ele foi trazido para Corumbá consciente e orientado, apesar dos ferimentos.

O funcionário da fazenda está no local há 3 anos e, até então, nunca tinha sofrido um ataque desse tipo. Depois de ter sido trazido para Corumbá, ele foi levado para a Santa Casa local e precisou passar por cirurgia, por conta da fratura exposta que sofreu em um dos braços. Ele segue internado e ainda sem data para receber alta hospitalar.

A região da fazenda fica entre a região da Serra do Amolar e Porto Jofre (MT), local que é conhecido pela grande densidade de população de onças-pintadas. Onças pardas também existem nesse local.

Em Corumbá, o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que tem atuação voltada para conservação e estudo do comportamento de onças, deu suporte no atendimento do trabalhador rural com orientações aos funcionários da fazenda. Conforme apurado, ataques de onças não são comuns e a principal orientação dos técnicos do IHP é que seja evitado o contato direto. A Polícia Militar Ambiental em Corumbá deve ser acionada para realizar registro do ataque.