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Três Lagoas encerra o ano com déficit de quase 300 vagas nos presídios

População carcerária atual é de 851 detentos em quatro unidades prisionais

 - Arquivo/JP
- Arquivo/JP

O ano encerra e as deficiências no sistema penitenciário de Três Lagoas se arrastam para 2016. Prova disso é o déficit de quase 300 vagas nas unidades prisionais da cidade para abrigar uma população carcerária de 851 presos, conforme dados da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). O estado, que tem aproximadamente 14,8 mil detentos, possui um déficit de 6 mil vagas, superlotação que atinge duas penitenciárias de Três Lagoas e mais 25 unidades prisionais. O levantamento da Agepen aponta que as unidades de regime fechado apresentam taxa de superlotação, enquanto as que atendem o semiaberto trabalham com internos abaixo da capacidade.

Nesse caso, a Penitenciária Masculina de Segurança Média de Três Lagoas possui atualmente 603 presos, no regime fechado, e tem capacidade para 248, o que corresponde a 143% de superlotação. O Estabelecimento Penal Feminino de Três Lagoas abriga 96 detentas ao ter capacidade apenas para 58, ou seja, 65% acima do que deveria. 

Já no aberto e semiaberto, as vagas sobram. O Centro Penal Industrial “Paracelso de Lima Vieira Jesus” (masculino) pode receber 237 internos e encerra o mês de dezembro com 129. O mesmo ocorre com o Estabelecimento Penal Feminino de Regime Semiaberto. A capacidade é para 32 presas e há 23.  De acordo com a Agepen está previsto para 2016 um plano de expansão de presídios na tentativa de sanar os problemas. Um dos projetos é a construção de uma penitenciária na capital.