Somente neste ano, a administração municipal gastou mais de R$ 100 mil na tentativa de recuperar algumas áreas que sofreram atos de vandalismo, em Três Lagoas. O dinheiro que sai dos cofres públicos poderia ser investido em outros setores, como educação, saúde, segurança ou até mesmo na construção de novos espaços de lazer. Porém, o gasto acaba sendo em dobro ou até mesmo triplicado já que, em pouco tempo, o mesmo problema é registrado e o prejuízo fica para a população.
Um dos exemplos é o tradicional túnel da antiga estação ferroviária NOB (Noroeste do Brasil), na avenida Rosário Congro, no centro. O local está escuro e com pichações do começo ao fim. Além de mau cheiro, sujeira, características de abandono.
“Eu passo todos os dias por aqui para trabalhar. Mas evito no fim da tarde, quando está mais escuro. É perigoso já quase fui assaltado aqui dentro e nem tem mais iluminação. Quebraram tudo”, disse o serralheiro João Roberto de Almeida.
Outro ponto da cidade que sofre com o vandalismo é a tradicional praça dos Ferroviários, no bairro Santa Terezinha. Lá, não há mais iluminação. “Foi quebrada por usuários de drogas, por ladrões que querem aproveitar para furtos, assaltos. Ninguém tem mais coragem de ficar sentado aqui”, disse o estudante Gustavo Marques.
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Na lista dos principais pontos de vandalismo também entram a passarela da Vila Zucão e a Lagoa Maior. O secretário municipal de Infraestrutura, Adriano Barreto, explica que a iluminação é o principal alvo dos vândalos e que todas as lâmpadas já haviam sido substituídas nos quatro pontos mencionados. “É uma situação lamentável porque nos esforçamos, como gestores públicos, para nada. É o recurso da população na verdade indo para o lixo, pois, temos um gasto alto com o retrabalho em função do vandalismo, principalmente, a elétrica”, pontuou.
Ele ressalta que além do dano ao patrimônio, o ato oferece riscos, já que a fiação fica exposta e, em alguns casos, os fios energizados.
O Código Penal prevê que vandalismo é crime. A lei determina prisão de seis meses a três anos, além de multa. Denúncias podem ser feitas à Polícia Militar pelo telefone 190