A presidente Dilma Rousseff é aprovada por 67% dos eleitores, de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quarta-feira (10). Na comparação com levantamento realizado em março, a aprovação da presidente caiu seis pontos percentuais – o índice era 73%.
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67% dos eleitores aprovam presidente Dilma, diz Ibope
Em relação ao combate à fome, sua avaliaçao positiva foi de 67%. No combate ao desemprego, sao 49% os que acreditam que ela faz um trabalho positivo
Dos entrevistados na pesquisa atual, 25% disseram desaprovar a presidente e 8% não souberam ou não responderam. O percentual de desaprovação em março era de 12%, ou seja, dobrou no atual levantamento conforme o Ibope. Em março, 14% não souberam ou não responderam sobre a aprovação à presidente Dilma.
De acordo com o levantamento, 56% consideram o governo ótimo ou bom, 27% regular e 5% ruim ou péssimo. Outros 11% não souberam ou não responderam.
Entre 28 e 31 de julho, o Ibope ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em 141 municípios de todas as regiões do país. A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, o que significa que a aprovação da presidente pode estar de 65% a 69%.
A avaliação é a segunda feita pelo Ibope sobre a gestão Dilma. De acordo com o levantamento, 48% consideram o governo Dilma ótimo ou bom, 36% regular e 12% ruim ou péssimo. Outros 4% não souberam ou não responderam. Em março, 56% consideraram o governo como ótimo ou bom, 27% regular e 5% ruim ou péssimo. Conforme o Ibope, a queda da aprovação do governo foi de oito pontos percentuais.
Entre o fim de março, quando a última pesquisa foi realizada, e o fim de julho, data da pesquisa atual, ao menos três ministérios estiveram envolvidos em escândalos. O ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci deixou o cargo após denúncias sobre irregularidades em sua evolução patrimonial; o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento saiu da função após acusações de irregularidades em obras da pasta; e o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, se explica após denúncias de irregularidades na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A prisão de integrantes da cúpula do Ministério do Turismo, servidores e empresários na Operação Voucher da Polícia Federal nesta terça-feira(9) ocorreu depois da realização da nova pesquisa Ibope.
A crise no Ministério dos Transportes foi o assunto mais lembrado no período da pesquisa, segundo o Ibope. Cerca de 21% dos eleitores citaram o assunto. Em seguida, apareceu a queda do ex-ministro da Casa Civil Antônio Palocci (14%). Os outros dois assuntos foram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a favor de pessoas do mesmo sexo (7%) e a morte do ex-presidente Itamar Franco (6%).
A percepção das pessoas de que houve aumento de notícias desfavoráveis no noticiário passou de 7% em março para 25% em julho.
A confiança na presidente Dilma é de 65%, semelhante ao índice de aprovação. O percentual dos que desconfiam da presidente subiu de 16% para 29% dos entrevistados.
A maioria dos eleitores, 57%, acredita que o governo de Dilma está sendo igual ao do ex-presidente Lula. O dado caiu sete pontos percentuais em relação a março, quando o índice era de 64%. A proporção dos que acreditam que Dilma governou o país pior do que Lula, passou de 13% em março para 28% em julho. Os que acreditam que o gverno está melhor são 11% e 3% não souberam responder.
Áreas
O Ibope também ouviu os entrevistados sobre a atuação do governo em nove áreas: combate à fome e à pobreza; combate ao desemprego; meio ambiente; educação; combate à inflação; taxa de juros; segurança pública; saúde e impostos.
Em relação ao combate à fome e pobreza, sua avaliaçao positiva foi de 67%. No combate ao desemprego, sao 49% os que acreditam que ela faz um trabalho positivo. Em relação a meio ambiente, a presidente é aprovada por 52%.
Na educação e no combate à inflação, ela é desaprovada por mais de metade da população. Somente 45% consideraram positiv a educação e 38% aprovaram o combate à inflação. As piores avaliações são de taxa de juros (29%), saúde (28%) e impostos (25%).