A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) questionou, em pronunciamento ontem (1º), a criação da nova estatal Petrosal, destinada a administrar a riqueza proveniente do petróleo da camada pré-sal , na área marítima frente aos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
– A Petrobrás não está dando certo? Claro que está. Então, por que essa Petrosal? Será um cabide de empregos? O curioso é que há poucos meses o PT acusava os partidos de oposição de tentar acabar com a Petrobras. Pois agora o governo anuncia uma nova empresa para o petróleo. Será que a Petrobras não faria esse novo trabalho? – questionou.
Marisa Serrano disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lançar na segunda-feira (31) os projetos para o pré-sal, parecia estar "reinventando a Petrobras". Observou que a descoberta do petróleo nessa nova área se deve às pesquisas da Petrobras desde a década de 50, e não apenas do atual governo.
A senadora lembrou que a Petrobras começou a perfurar no mar atrás de petróleo desde que foi criada e sua primeira descoberta foi em Carmópolis (SE), em 1963. Depois, na década de 70, a Petrobras passou a perfurar na bacia marítima de Campos (RJ), fazendo a primeira descoberta em 1975, com o poço Badejo.
Marisa Serrano afirmou ainda que todos os estados esperam se beneficiar da riqueza do pré-sal, considerando este "um anseio mais que do justo". Ela sustentou ainda que será impossível entender, discutir e votar os projetos do pré-sal em apenas 45 dias, como quer o governo, que propôs sua votação em regime de urgência.
Em aparte, os senadores Garibaldi Alves (PMDB-RN), Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Rosalba Ciarlini (DEM-RN) concordaram que todos os estados devem se beneficiar da riqueza do pré-sal e também consideram curto o prazo de 45 dias para a análise dos projetos.