Daqui a poucos dias, o Brasil passará mais uma vez pelo processo democrático das eleições. Assim é a cada dois anos. O exercício do voto é a oportunidade dos brasileiros darem um passo no efetivo para o combate à corrupção e na direção da melhor utilização do dinheiro público, hoje vergonhosamente desviado. A corrupção é o grande mal que assola a sociedade. Entre os nocivos efeitos e reflexos que acarreta, gera a instabilidade institucional, infla desnecessariamente o custo das obras e sacrifica serviços públicos para fins político-partidários, senão individuais e ilegais.
Este é um momento que se eleva os riscos de “seguir as regras” para a iniciativa privada, porque a legislação brasileira proíbe a doação para campanhas e partidos políticos por parte de pessoas jurídicas. Por outro lado, não se pode ter a ilusão de que com a nova regra os problemas foram resolvidos. Tampouco que a lei 12.846/13 (lei anticorrupção) coibiu definitivamente a prática do mau uso do dinheiro público em benefício próprio. O zelo e a diligência não devem ser abandonados.
Talvez ainda não tenha chegado a hora de o Brasil comemorar avanços, mas este momento certamente está mais perto. De tempos em tempos o país é sacudido por escândalos, há de se por um fim. A sociedade está saturada de ouvir dia após dia o anúncio de escândalos. Nesta semana, Mato Grosso do Sul foi o centro do noticiário nacional com a revelação de investigações da Polícia Federal que apontam para o desvio do dinheiro público. É certo quer os acusados têm direito ampla defesa. Espera-se que se expliquem.
Uma escolha criteriosa dia 7 de outubro será um grande passo no combate à corrupção e o retorno à normalidade. O eleitor deve atentar para o momento importante do exercício do voto. Estará diante da oportunidade de fazer boas escolhas, que repercutirão na sua própria vida, além de colocar um basta nos descaminhos da vida pública nacional.