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Aécio diz que chance de ser vice de Serra é "zero"

Governador indicou que chapa puro-sangue não é adequada para vencer as eleições no País

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, reiterou nesta segunda-feira, 18, que não será vice de Serra nas eleições presidenciais. Para Aécio, as chances compor a chapa do PSDB ao lado do governador de São Paulo são "zero". 

Em entrevista concedida ao portal Terra, o governador mineiro falou sobre os motivos que o levam a preferir uma vaga no Senado à vaga de vice e criticou o governo federal, dando uma prévia do tom que deve usar durante a campanha eleitoral.

Aécio disse que a chapa puro-sangue, que seria composta por ele e pelo governador de São Paulo, José Serra, "não é adequada para vencer as eleições" no Brasil. "O quadro partidário brasileiro é extremamente plural", explicou o mineiro, para quem o PSDB precisa "absorver outras forças políticas" para ter mais peso nacional.

"Não acho que eu possa ajudar mais a candidatura do PSDB do que estando em Minas Gerais, eventualmente como candidato ao senado, ajudando a dar a vitória ao nosso candidato ao governo em Minas Gerais e ao nosso candidato à presidência da República", indicou.

O governador disse que desistiu de sua candidatura a presidência no momento em que percebeu que as prévias do PSDB não ocorreriam e que a sua postulação "poderia causar embaraço ao partido".

Críticas

O governador mineiro também aproveitou a entrevista para criticar o governo federal, dando uma prévia do tom que deve assumir na campanha. "Jamais na história deste país nós tivemos um governo tão aparelhado, onde a meritocracia deu espaço à filiação partidária", disse Aécio, parodiando o bordão do presidente Lula.

"Houve um desmonte de setores importantes do governo onde gente qualificada, até mesmo sem qualquer vínculo partidário, deu lugar aqueles que estavam na aliança ou no próprio PT", acrescentou.

O governador ainda indicou que, durante seus oito anos de governo, o presidente Lula "perdeu a oportunidade de enfrentar as reformas precisaria enfrentar" e citou a reforma política e a reforma tributária como exemplos de passos importantes que teriam sido deixados de lado pelo governo federal durante o mandato.